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Novo fungicida pode reduzir prejuízos nas lavouras de soja

Locker, da FMC, combate principais doenças primárias e secundárias da cultura


Locker, da FMC, combate principais doenças primárias e secundárias da cultura

Foz do Iguaçu - Com o objetivo de reduzir os prejuízos nas lavouras de soja com a incidência de diversos tipos de fungos, infestações que vêm ocorrendo de forma frequente em regiões mais chuvosas, a FMC acaba de colocar no mercado o Locker, fungicida voltado para o controle de doenças como a ferrugem asiática, mancha alvo, oídio, antracnose e demais doenças de final de ciclo. De acordo com o gerente de produtos fungicidas da empresa, Flávio Centola, um dos diferenciais desse lançamento é o controle em conjunto de doenças primárias e secundárias.


Segundo ele, na ferrugem asiática - considerada primária -, por exemplo, já se tem um controle melhor e o que gera uma certa tranquilidade ao produtor. Porém, doenças que até então eram consideradas controláveis, como o mofo branco, estão ganhando destaque nas lavouras do Brasil.

O produto, que ainda não foi liberado para comercialização nos estados do Paraná e Espírito Santo, devido a questões burocráticas, já vem sendo utilizado nos demais estados produtores da Federação. Porém, Centola acredita que até o início da próxima safra o produto já esteja disponível para os produtores paranaenses. O representante da FMC completa que o Locker possui três mecanismos de ação para o combate de doenças foliares em soja, utilizando mais de um princípio ativo em um mesmo produto.

Em testes realizados no Paraná, Centola observou que um dos benefícios do produto para as condições de clima e solo do Estado, por exemplo, foi um menor índice de desfolha. ''A formulação do Locker é equilibrada e miscível, o que garante melhor eficiência na hora da aplicação'', garante. Uma das cidades escolhidas para os testes foi Londrina que, segundo o dirigente da FMC, mostrou resultados positivos de atuação, principalmente no controle da mancha alvo. De acordo com o fitopatologista Ricardo Balardin, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a mancha alvo tende a crescer na região Sul do Brasil, por isso o controle é fundamental.


O especialista destaca que para ter uma melhor eficiência em controle de doenças, é necessário um manejo integrado que envolve principalmente a adubação de solo e o uso de sementes de alta qualidade. Segundo o professor, cultivares mais frágeis necessitam de uma atenção especial para esse tipo de trabalho. ''Problemas fitossanitários comprometem até 50% a eficiência das plantas'', destaca.

A empresa

No ano passado a FMC obteve um faturamento de US$ 605 milhões. Para 2012 a expectativa é que esse número passe para US$ 760 milhões. Até 2013 a empresa almeja alcançar um faturamento de US$ 1 bilhão. Ao todo, o mercado de defensivos agrícolas movimentou no Brasil em 2011 US$ 8,4 bilhões. Inseticidas, fungicidas e herbicidas corresponderam respectivamente a US$ 3,8 bilhões, US$ 2,7 bilhões e US$ 2,5 bilhões. (O jornalista viajou para Foz do Iguaçu a convite da FMC).

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