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Novos diretores tomam posse na CSMIA

A Câmara Setorial da Abimaq, que representa a indústria de máquinas e implementos agrícolas, renova sua diretoria


A Câmara Setorial da Abimaq, que representa a indústria de máquinas e implementos agrícolas, renova sua diretoria

Em recente solenidade, tomaram posse os novos diretores da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), da Abimaq, eleitos por votação durante pleito realizado na última edição da Agrishow, em Ribeirão Preto. O empresário Celso Casale foi reeleito presidente da entidade para o biênio 2011/2013.

No Brasil há cerca de 415 fabricantes de máquinas e implementos agrícolas, um segmento que gera aproximadamente 50 mil empregos diretos. Em sua maioria, são empresas nacionais, com gestão familiar, de médio e pequeno porte, que em 2010 tiveram um faturamento nominal da ordem R$ 7,5 bilhões e que neste ano projetam um aumento de 15% a 20% em seus negócios.

Operando atualmente com 84% da capacidade instalada, o segmento se prepara para elevar a produção para fazer frente ao aumento da demanda vinda do crescimento dos agronegócios. De acordo com o presidente da CSMIA, Celso Casale, ele mesmo fabricante do setor, os investimentos em capacidade produtiva precisam ganhar celeridade sob o risco de o setor não acompanhar a demanda mundial do agronegócio para os próximos anos. A produção mundial de alimentos precisa crescer em média 50% nos próximos 40 anos e o Brasil será responsável por 40% desse total. “O setor tem de fazer investimentos nas fábricas e temos de conseguir condições de financiamento, caso contrário não será possível aumentar a capacidade produtiva”, alerta Casale. E acrescenta. “De uns tempos para cá, falar em subsídio no Brasil virou pecado, mas o agronegócio é uma atividade de alto risco. Vejamos, por exemplo, a Turquia, que além de subsidiar com juros baixos, e 20 anos para quitar, o governo paga 30% do valor investido pelo produtor em máquinas e implementos; na China o aporte é de 50%.”

A ameaça de desindustrialização ainda não chegou ao segmento de máquinas e implementos agrícolas, mas, segundo Casale, será irreversível se o câmbio se mantiver como está, aliado ao custo Brasil. E se ainda a China decidir ampliar sua presença no Brasil, certamente a área terá problemas. Ele também chama a atenção para a possibilidade das fabricantes brasileiras transferirem sua produção para outros países, de modo a reduzir seus custos.

O presidente da CSMIA comenta que o setor se recuperou consideravelmente da crise de 2008/09. “Fechamos 2010 com alta de 24,9% em relação a 2009, mas ainda abaixo dos R$ 8,33 bilhões faturados em 2008.” A expectativa é fechar o primeiro semestre com 20% de crescimento na comparação com o ano passado e encerrar o ano de 2011 com um incremento de 15%. O setor teve uma alta de 13,3% no número de empregados em 2010. Em dezembro, a indústria contava com 47,6 mil postos de emprego, contra pouco mais de 42 mil no mesmo mês de 2009.

As expectativas de negócios para este ano são positivas. “Tudo indica que vamos ter outra boa produção de grãos em 2010/11, e os preços de commodities agrícolas deverão manter-se altos nos próximos anos, e, desde que não falte crédito para o produtor investir, teremos bons anos pela frente,” prevê Casale.
 
 
 
As informações são da Mecânica de Comunicação

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