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Números do arroz deixam mercado “firme e positivo”

A afirmação é de Henrique Osório Dornelles, presidente da Federarroz



“As exportações de arroz do primeiro semestre de 2014 ultrapassaram as mais otimistas expectativas”. A afirmação é de Henrique Osório Dornelles, presidente da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul), apontando um resultado de 813.425 toneladas base casca (segundo DECEX/SECEX).


O número representa um aumento de 34,52% acima do mesmo semestre do ano passado e 109% de crescimento em relação ao ano de 2010. Na avaliação do dirigente, os resultados “mostram que o caminho percorrido por todos os atores da cadeia produtiva está fazendo com que o arroz do Rio Grande do Sul seja um produto de consumo na mesa dos mais diversos países, com embarques para África,  Américas e Europa”.

“Se for considerada a média desses primeiros meses como parâmetro para os próximos, há expectativa de embarque de 1.500.000 ton. Números que reforçam as expectativas de mercado firme e positivo para a recuperação das margens dos produtores, diante de constantes e significativos aumentos de custos de produção”, projeta.

No entanto, nem tudo são flores: “por outro lado, a tão esperada copa do mundo parece não ter contribuído com as vendas do produto no varejo. Mesmo com importações 42% inferiores as de 2013 e menor das últimas cinco safras, totalizando 535.196 ton,  no mês de julho o mercado apresentou ligeira queda ou estagnação nos preços do casca. A redução nas importações está ligada principalmente por estarem Uruguai e Argentina com interesse em outros mercados de maior remuneração, como Irã e Iraque. A queda só não foi maior por conta do aumento das importações do Paraguai e de terceiros mercados, notadamente da Tailândia, que oferece um produto com preço inferior e qualidade duvidosa, principalmente sanitária”, diz Dornelles. 

Ele destaca que a sanidade e a segurança alimentar são “evidentemente uma das qualidades do arroz gaúcho. Pressionado pelo rigor da Anvisa e pela intromissão de outros órgãos, que muitas vezes provocam notória perda de competitividade com a proibição de alguns defensivos e extrema burocracia para liberação de outros, o arroz brasileiro, especialmente o gaúcho, vem apresentando bons resultados”. 


“Por dois períodos consecutivos e com uma excelente expectativa para o próximo, a referida agência de vigilância sanitária considerou o arroz nacional um produto livre de resíduos de agroquímicos. Aliado a isto, o sistema de cultivo sustentável, a armazenagem, também com efetivo controle e fiscalização, transporte e a própria industrialização tornam o nosso arroz incomparável com os grandes players como Vietnã e Tailândia”, afirma o dirigente. 

“O cenário é positivo. O principal fato é que a produção está sendo escoada, tanto através da exportação quanto mercado doméstico, e as importações estão apresentando declínio. Esta situação remete à reflexão que está havendo o consumo do que foi produzido e somente restará um pequeno estoque para garantir o abastecimento. O que resta é uma organização e coragem do setor industrial no enfrentamento do varejo, para que o arroz beneficiado eleve os patamares de comercialização e a cadeia desfrute de um equilíbrio”, conclui.

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