Pergunte-se a quem atua diretamente e no dia a dia dos negócios do frango se, no ano que vem, o setor tem chances de crescer pelo menos 5%. A resposta será: dificilmente! Mesmo assim, há quem aplique esses índices aos números previstos para 2011, entendendo que o setor (produção, exportação, consumo interno) tem todas as possibilidades de alcançar esse grau de incremento. Na dúvida, é oportuno avaliar o significado de uma expansão do gênero.
Começando pela produção (e através de um caminho tortuoso): assumindo-se que as exportações absorvem 30% da produção total e aceitando-se que em 2011 não passarão de 3,9 milhões de toneladas, é forçoso concluir que a produção brasileira de carne de frango do corrente exercício estará situada em torno dos 13 milhões de toneladas. Assim, um aumento da ordem de 5% (ou pouco mais) em 2012 corresponderá a volume em torno de 13,7 milhões de toneladas de carne de frango.
Pelos resultados alcançados até novembro (perto de 3,6 milhões/t, 2,5% a mais que nos primeiros onze meses de 2011), o mais provável é que as exportações de carne de frango de 2011 fiquem em torno dos 3,9 milhões de toneladas, aumentando 2,6% no ano. E um aumento de 5% em 2012 vai significar embarques de cerca de 4,1 milhões de toneladas.
Chega-se dessa forma, à possível disponibilidade interna. Que, pelos parâmetros adotados, ficará em 9,6 milhões de toneladas. E que, embora apenas 5,5% maior que o estimado para 2011, será quase 13% superior ao volume ofertado em 2010. Algo que corresponde a um incremento médio da ordem de 6,5% ao ano. É onde “a porca começa a torcer o rabo”.
A população brasileira (todos acompanharam pelo censo de 2010) cresceu na última década a uma taxa anual de 1,17%. Quer dizer: esse índice, agora, tende a ser ainda menor. Mas a disponibilidade de carne de frango cresce a mais de 6%. Qual o significado disso?
Uma oferta interna aparente, em 2012, já superior a 49 kg per capita e que seria apenas 4,27% superior à registrada neste exercício. Mas o problema não está aí e, sim, no fato de que essa disponibilidade já aumentou quase 14% no ano passado e tende a aproximar-se dos 6% neste ano. Quer dizer: em três anos serão 10 kg a mais para cada habitante brasileiro. Será que – como ocorreu em 2008 – o setor não está indo com muita sede ao pote?

Começando pela produção (e através de um caminho tortuoso): assumindo-se que as exportações absorvem 30% da produção total e aceitando-se que em 2011 não passarão de 3,9 milhões de toneladas, é forçoso concluir que a produção brasileira de carne de frango do corrente exercício estará situada em torno dos 13 milhões de toneladas. Assim, um aumento da ordem de 5% (ou pouco mais) em 2012 corresponderá a volume em torno de 13,7 milhões de toneladas de carne de frango.
Pelos resultados alcançados até novembro (perto de 3,6 milhões/t, 2,5% a mais que nos primeiros onze meses de 2011), o mais provável é que as exportações de carne de frango de 2011 fiquem em torno dos 3,9 milhões de toneladas, aumentando 2,6% no ano. E um aumento de 5% em 2012 vai significar embarques de cerca de 4,1 milhões de toneladas.
Chega-se dessa forma, à possível disponibilidade interna. Que, pelos parâmetros adotados, ficará em 9,6 milhões de toneladas. E que, embora apenas 5,5% maior que o estimado para 2011, será quase 13% superior ao volume ofertado em 2010. Algo que corresponde a um incremento médio da ordem de 6,5% ao ano. É onde “a porca começa a torcer o rabo”.
A população brasileira (todos acompanharam pelo censo de 2010) cresceu na última década a uma taxa anual de 1,17%. Quer dizer: esse índice, agora, tende a ser ainda menor. Mas a disponibilidade de carne de frango cresce a mais de 6%. Qual o significado disso?
Uma oferta interna aparente, em 2012, já superior a 49 kg per capita e que seria apenas 4,27% superior à registrada neste exercício. Mas o problema não está aí e, sim, no fato de que essa disponibilidade já aumentou quase 14% no ano passado e tende a aproximar-se dos 6% neste ano. Quer dizer: em três anos serão 10 kg a mais para cada habitante brasileiro. Será que – como ocorreu em 2008 – o setor não está indo com muita sede ao pote?
