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O que fazer se não colher milho suficiente?

É preciso ter uma “nova fonte de renda para fazer frente aos custos financeiros das lavouras”


Foto: Marcel Oliveira

Com a seca que assola os três estados do Sul do Brasil afetando milho e soja, a tendência dos preços dos mercados se altera, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. Se por um lado há perdas com a quebra acentuada das safras, por outro surgem oportunidades. Como, então, é possível tirar proveito desta situação?

De acordo com os analistas, se não colher o esperado é preciso ter uma “nova fonte de renda para fazer frente aos custos financeiros das lavouras” pagar os custos astronômicos da lavoura de milho deste ano: “O Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) é uma das alternativas para você se ressarcir dos custos, mas não é a única. O mercado também oferece boas oportunidades de ganhos, porque esta é uma situação bem definida, com tendência clara daqui para frente”.

“Os preços já subiram um pouco, tanto no mercado físico, como no mercado futuro da B3, mas tem força para subir mais, porque a seca não acabou e não atinge apenas o RS, mas SC e PR também, que são grandes consumidores de milho. Achamos que é possível que os preços voltem para R$
98,00/saca no mercado físico e R$ 103,00 (ou um pouco mais) na B3”, projeta a TF.

Eles explicam que uma alta de R$ 10,00/saca “fará muita diferença para o agricultor”, que teria uma receita extra de R$ 1.400,00/hectare. Se vender a metade do que colher (70 sacas/hectare) a R$ 98,00/saca terá uma receita de R$ 6.860,00 que, somada aos R$ 1.400,00 ganhos no mercado futuro, totalizaria R$ 8.260,00/hectare, sobre um custo total de R$ 8.908,26, faltando apenas 7,27% para zerar o seu gasto total, mesmo tendo perdido 50% com a seca”.

A Consultoria orienta que o produtor pode abrir uma conta em seu nome particular junto a uma corretora da B3, Bolsa de Mercadorias de São Paulo. “Parece difícil, mas é fácil: Basta começar para entender melhor. Não leva um mês e você já vira craque. O mercado futuro é uma das duas partes do Mercado de grãos”, acrescentam os analistas.

Os especialistas apontam as vantagens desta operação:

a) Substitui as operações do mercado físico. Você estabelece o preço de venda no mercado futuro e não precisa mais vender antecipadamente no físico (correndo o risco de a seca danificar a sua lavoura e você não ter produto para entregar, criando longas disputas com os compradores). Quando, depois de colher, vender o físico, recompra o contrato do mercado futuro e soma os ganhos neste mercado com o que recebeu no físico, estabelecendo o preço final do seu produto naquele ano;

b) Você pode mudar sua posição: se você vender o produto no mercado físico e o preço subir você não pode fazer nada; já se vender no mercado futuro e eventualmente a cotação subir, você pode desfazer a posição e se reposicionar num nível mais alto;

c) O que não tiver vendido na colheita poderá vender logo, pegar o dinheiro para comprar insumos ou aplicar e usar somente 5% para adquirir uma posição no mercado futuro para continuar ganhando com eventuais oscilações posteriores dos preços;

d) Terá assessoria constante do seu corretor e sua equipe de analistas para se posicionar no mercado e não estará mais sozinho para fazer a comercialização dos seus produtos. Nós atuamos neste mercado desde 1978.

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