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O suíno brasileiro ‘ganha’ o mundo

Até agosto deste ano, já foram exportadas 478,9 mil toneladas de carne suína


Até agosto deste ano, já foram exportadas 478,9 mil toneladas de carne suína

Se por um lado o mercado brasileiro anda um pouco lento para os suinocultores em 2016, por outro, o do mercado externo, a atividade não para de registrar recordes. De acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em agosto, a comercialização de carne suína brasileira aumentou 30,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram exportadas 65,5 mil toneladas. Desde janeiro, já foram vendidas 478,9 mil toneladas de carne, 40,5% a mais do que em 2015.

Segundo o presidente da entidade, Francisco Turra, o setor vem mantendo bom ritmo de crescimento em volume e receita. “Esse desempenho favorável em diversos mercados tem contribuído para equilibrar a oferta interna de produtos”, disse. Até o momento, o setor faturou US$ 893,5 milhões, 8,1% a mais do que no ano passado. Só em agosto foram US$ 138,3 milhões, volume 19,8% maior do que o registrado no mesmo mês em 2015.

Maior consumidor de carne suína brasileira, a Rússia comprou 159,3 mil toneladas, 4% a mais que no ano passado. Em segundo lugar, Hong Kong importou nos oito primeiros meses do ano 111,1 mil toneladas, volume 54% superior ao de 2015. Para a China, terceira colocada, foram embarcadas no mesmo período 63,4 mil toneladas. “Um dos destaques deste ano é o Chile, que tem intensificado suas importações em níveis que superam em 200% o efetivado no mesmo período de 2015. Outros importantes mercados como Uruguai, Argentina e Singapura também apresentaram crescimento expressivo”, afirmou Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente técnico da ABPA.

Para o setor, as exportações são importantes para atenuar a crise instalada desde o início do ano, quando o preço da saca de milho saltou de R$ 27 para R$ 60. No entanto, ainda é preciso conquistar mais mercados para consolidar a carne suína brasileira. Atualmente, o Brasil é o 4.º maior exportador do mundo, atrás da União Europeia, dos Estados Unidos e do Canadá. “O Brasil perdeu muito tempo com acordos ideológicos, não comerciais. Precisamos nos abrir. Quanto mais o país exporta, mais ele qualifica a produção para o mercado interno. A exportação é saudável para as empresas e para o país”, afirma o empresário Mário Faccin, maior produtor individual de suínos do Brasil, com 31 mil matrizes.

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