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Oferta europeia para carne do Mercosul é considerada baixa

Federação de Associações Rurais do Mercosul emitiu comunicado


A Federação de Associações Rurais do Mercosul emitiu um comunicado onde afirma que considera escassa a demanda de 70 mil toneladas que a União Europeia propôs na negociação para um acordo de livre comércio entre os dois blocos. Para a Federação, o continente europeu estaria disposto a comprar um volume muito pequeno em proporção ao seu potencial de consumo.

A Europa consome quase oito milhões de toneladas de carne bovina por ano, com uma população de 500 milhões de habitantes. Considerando esses parâmetros, as 70 mil toneladas colocadas como cotas pelos negociadores da União Europeia representariam apenas 130 gramas – o equivalente a aproximadamente dois hambúrgueres por cidadão europeu.

Para termos de comparação, o bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai produz 20% da total mundial de carne bovina, e responde por nada menos que 22% do comércio internacional. A Federação destaca que a oferta europeia não alcança sequer 30% do volume total exportado pelo Mercosul para esse destino. A avaliação da Federação de Associações Rurais do Mercosul é de que a oferta europeia não contribui para aumentar o ânimo para uma verdadeira integração que se busca nas atuais negociações.

A Federação de Associações Rurais do Mercosul pede que as autoridades do bloco se esforcem para melhorar as cotas. Pede também que não se avance a um acordo maior nos termos atuais que a Europa propõe.

Atualmente a União Europeia é o segundo maior mercado para as exportações agropecuárias do Brasil. Em 2016, o bloco foi destino de 19,6% das vendas nacionais. Em valores, o País exportou cerca de 16,7 bilhões de dólares.

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