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OIE vai analisar situação sanitária do PR e MS

A OIE se reúne em setembro para poder conferir o status de área livre de febre aftosa


A Organização Internacional de Epizootias (OIE) se reúne, em setembro, em Paris para analisar a situação sanitária do Brasil e poder conferir ao Paraná e Mato Grosso do Sul o status de área livre de febre aftosa. "A expectativa é boa. Podemos ter um resultado positivo (na reunião)", afirmou o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Afonso Kroetz, que participou nessa segunda-feira (20-08) da 25 reunião ordinária do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), na Emater, em Curitiba.

Ele acrescentou que o ministério deverá entregar à OIE um relatório atualizado sobre tudo que foi realizado em termos de sanidade nos rebanhos bovinos do PR e MS.

Kroetz esclareceu que o MS deve terminar a última sorologia no final de agosto. "O cronograma está sendo cumprido rigorosamente pelo ministério", disse. O presidente do Conesa e secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, disse que se o Paraná recuperar o status de área livre com vacinação poderá voltar a exportar para os países de União Européia e para Rússia, os principais compradores da carne bovina do Estado.

Os Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul ainda sofrem com o embargo de mais de 50 países para exportar a carne bovina. São Paulo tem restrições de 25 países da União Européia e, cerca de seis países, embargam as exportações do Brasil todo.

As restrições que o Rio Grande do Sul faz à carne bovina da maior parte dos Estados também foi um dos temas da reunião do Conesa ontem. O RS manteve as restrições a carne com osso do Brasil todo. Em função disso, o Sindicato da Indústria de Carne do Paraná (Sindicarne-PR) já estuda medidas judiciais para tentar derrubar a restrição. "No campo administrativo já foi feito tudo em relação ao Rio Grande do Sul", disse o presidente do Sindicarne, Péricles Salazar. Ele acredita que a restrição gaúcha é uma questão puramente comercial.

O economista do Sindicarne, Gustavo Fanaya, destacou que a arroba do boi no Rio Grande do Sul custa 20% mais que no Brasil todo. "O objetivo do RS (ao impor as restrições) era esse mesmo", explicou. Segundo ele, o valor da arroba no RS já passa de R$ 70 enquanto no Paraná é, em média, R$ 62. Ele disse que o Sindicarne pretende pressionar o Ministério da Agricultura em relação a este assunto. Kroetz afirmou que o ministério ainda confia no bom senso do RS. Ele lembrou que o RS deveria reconhecer o status da carne bovina de outros Estados dentro das condições que o ministério estabeleceu.

Fanaya destacou que há uma resolução do ministério de novembro de 2006 que declarou o Paraná como área livre de febre aftosa. No entanto, o RS só liberou a entrada de carne sem osso a partir de março deste ano e ainda manteve as restrições para carne com osso.

Durante a reunião do Conesa, Biachini também destacou que a doença do greening que atingiu a região de Altônia neste ano, está controlada porque foram tomadas todas as medidas necessárias. A doença é transmitida através de uma bactéria e tem como vetor um inseto que, ao pousar uma árvore infectada, passa para outras. Ainda foi discutido no encontro, o Suasa, um sistema que pretende unificar as inspeções municipal, estadual e federal na agroindústria. Assim, os produtos como sucos, queijos, doces e embutidos poderiam ser vendidos no Brasil todo e não só nos municípios de origem.

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