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Oil World: produção de soja no País deve estagnar nesta safra

Conforme relatório da consultoria alemã, declínio se deve ao combate pelo governo ao plantio da oleaginosa em terras ilegais e gastos elevados com fertilizantes


A produção brasileira de soja no Brasil deve estagnar na temporada 2008/09, em parte devido ao combate pelo governo ao plantio da oleaginosa em terras ilegais, afirmou a consultoria alemã Oil World em um relatório nessa terça-feira.

Além disso, por conta dos declínios acentuados nos preços da soja em todo o mundo, o valor pago aos sojicultores de Mato Grosso, maior produtor nacional, era menor do que o custo de produção, acrescentou a Oil World.

Outro fator de desestímulo está nos gastos elevados com fertilizantes, que devem resultar numa diminuição do uso do produto nas lavouras.

"Existe o risco de a redução nas aplicações de fertilizantes e outros produtos diminuir os rendimentos e a produção", avaliou.

Assim, a Oil World reduziu as estimativas de produção de soja no Brasil em 08/09 para entre 60 milhões e 61 milhões de toneladas, com poucas mudanças em comparação à colheita de 60,3 milhões de toneladas de 07/08.

A previsão anterior da Oil World para 08/09 era de uma safra de 63 milhões de toneladas.

"O governo está favorecendo o plantio e a produção de trigo, milho e feijão numa tentativa de satisfazer as necessidades crescentes do mercado interno", acrescentou a consultoria.

A Oil World destacou o lançamento do Fundo da Amazônia pelo governo brasileiro, que teria como objetivo financiar o desenvolvimento, a conservação de florestas, a inovação científica e a capacitação de órgãos de preservação, além de limitar as áreas de produção agropecuária na região.

Argentina

No entanto, a produção na Argentina pode atingir níveis recordes no mesmo ano, já que a soja pode se beneficiar da redução na área plantada com trigo e milho.

a Oil World estimou que a produção de soja argentina pode chegar a 51 milhões de toneladas em 2009, ante 47,5 milhões de toneladas neste ano.

"A maior parte dos produtores ainda favorece a soja, que possui um risco menor de restrições às exportações do que alimentos básicos locais, como cereais e carne", disse a Oil World.

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