Óleo de inseto pode alimentar porcos
Cargill e InnovaFeed anunciaram um primeiro acordo em 2019
A argentina Cargill e a empresa francesa de biotecnologia InnovaFeed disseram que sua meta é alimentar 20 milhões de porcos com óleo de inseto até 2026 como parte de um acordo mais amplo de proteína alternativa. A Reuters analisa que a alimentação com insetos tem se tornado uma alternativa cada vez mais popular na agricultura e aquicultura à medida que a demanda por ração animal aumenta, elevando os preços dos grãos para ração e mais empresas trabalham para reduzir sua pegada de carbono.
Cargill e InnovaFeed anunciaram um primeiro acordo em 2019, inicialmente focado na alimentação de peixes. "A expansão desta associação incluirá mais espécies, começando com o uso de óleo derivado de insetos para alimentar porcos", disseram as empresas em comunicado conjunto na segunda-feira.
A InnovaFeed produzirá o óleo de inseto em sua fábrica em Nesle, no norte da França, atualmente a maior do mundo, que será enviado para a Cargill nos Estados Unidos para inclusão em rações animais, disse a porta-voz da Innovafeed. O óleo de inseto é rico em ácido láurico, um ácido graxo que ajuda a melhorar a saúde intestinal dos animais, especialmente dos leitões, disseram as empresas.
A InnovaFeed também fez parceria com o comerciante e processador de grãos dos EUA Archer Daniels Midland Co no ano passado para construir a maior fábrica de proteína de inseto do mundo em Decatur, Illinois. A construção deve começar no próximo ano.
Um fato interessante, os 27 países da União Europeia (UE) autorizaram nesta terça-feira (4), pela primeira vez, a comercialização de insetos como alimentos. Apoiados nesta conclusão, "os Estados-membros aprovaram a proposta da Comissão Europeia, que autoriza a utilização do produto como novo alimento", anunciou a Comissão.