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Olindina/BA ganhará polo agroindustrial

Investimento poderá estruturar várias cadeias produtivas da região


Investimento substituirá ideia inicial de esmagadora de oleaginosas e poderá estruturar várias cadeias produtivas da região

O futuro da agroindustrialização do município de Olindina e região será mais promissor. Em visita da comissão de representantes da Secretaria da Agricultura, da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), de técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e de um consultor do Sebrae, realizada na semana passada, ficou definido que o projeto da esmagadora de oleaginosas será reestruturado. O objetivo é ampliar as potencialidades da área e dos equipamentos. Ficou definido também que a gestão da indústria, orçada em R$ 17 milhões, continuará a cargo da Cooperativa de Produtores de Olindina (Coopero).


Capitaneado pelo superintendente da Agricultura Familiar, Wilson Dias, o grupo verificou que 15% das obras já foram concluídas. Com a doação de dois prédios pela prefeitura, a área de 18 mil metros quadrados será ampliada, potencializando o aproveitamento integral do espaço. Um estudo de viabilidade foi encomendado pelo secretário da Agricultura, Eduardo Salles, que defende, desde a Seagri Itinerante de Alagoinhas, a implantação de uma unidade multifuncional no lugar da esmagadora.

Constituímos um Grupo de Trabalho com técnicos locais e especialistas para que, sob a coordenação do consultor Pedro Meloni, do Sebrae de Minas Gerais, possamos identificar o leque de opções e definir o que poderá se constituir no que estamos chamando de Complexo Agroindustrial da Agricultura Familiar do Litoral Norte”, disse o superintendente Wilson Dias para o prefeito da cidade e diretores da Coopero.

Um laudo elaborado por diversos técnicos especialistas da EBDA atestou que a região não tem aptidão para oleaginosas e que deveria se dar outra destinação ao complexo. Experimentada anteriormente na região, a utilização do girassol e de outras oleaginosas como matéria prima para a produção de biocombustível não produziu com viabilidade econômica, confirmando o posicionamento de Salles em não erguer um projeto que já se inicia com problemas de suprimento de matéria prima, já que esta esmagadora exige produção mínima de 120 toneladas/dia para funcionamento pleno, com previsão de gerar apenas 30 empregos na planta. “Para o bem de Olindina e região, o investimento está garantido, mas pode ser revisto para um polo agroindustrial”, afirmou o secretário.

Após avaliarem as condições econômicas e sociais da região, o grupo se reuniu com o secretário para apresentar o levantamento realizado com o apoio do consultor Pedro Meloni. Depois de todas as reuniões e vistorias, foi verificado o potencial para a produção de grãos em toda região circunvizinha, parecer que reafirma o laudo emitido pela EBDA. “Depois da visita, chegamos à conclusão de que uma fábrica de ração seria a melhor opção, já que o território responde por grande parte da produção de milho no Estado. Esse seria o ponto de partida. A proposta inicial contempla também uma unidade armazenadora”, afirmou Meloni.


O consultor explicou ainda que, além de armazenagem, os cooperados teriam a possibilidade de instalar uma empacotadeira de grãos, gerando receita através do fornecimento de produtos da agricultura familiar para a merenda escolar. “Outras atividades pensadas foram a avicultura, com a implantação de um matadouro avícola, além de uma extratora de laranja e um pequeno laticínio, o que irá estruturar as cadeias.

Meloni falou da possibilidade do armazém ser registrado pela Conab e que as intenções para fábrica de ração, giram em torno da produção de rações para piscicultura, equinos, bovinos, suínos, e para avicultura.
Ao invés de uma indústria, Olindina pode ganhar seis atividades diferenciadas estruturando seis cadeias produtivas. Com o mesmo dinheiro, os grãos poderão ser armazenados, permitindo a estabilidade para o pequeno produtor, que não tem na região estrutura de armazenamento”, explicou Salles.

Durante a reunião, em que participaram também o diretor-presidente da Sudic, Emerson Leal, o diretor administrativo financeiro, Ronaldo Viana, o chefe de gabinete da EBDA, Thiago Figueira, dentre outros, Eduardo Salles sinalizou que irá assinar um protocolo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a realização de um trabalho conjunto com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sebrae Bahia, Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), que contempla gestão e capital de giro.

O diretor-presidente da Sudic, Emerson Leal, afirmou que o objetivo é reestruturar esse projeto com o apoio do consultor do Sebrae e da Secretaria da Agricultura, aproveitando 100% do que já foi realizado.

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