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OMC abre caminho para retaliação rápida por sobretaxas ao aço


A OMC (Organização Mundial do Comércio) deve divulgar um relatório na próxima semana em que declara e confirma que as sobretaxas do aço dos Estados Unidos são ilegais, abrindo o caminho para a rápida retaliação por parte de seus principais parceiros comerciais. Oficiais da OMC confirmaram que o relatório está incluído na pauta da reunião do conselho que arbitra disputas comerciais, marcada para 1º de dezembro, seguindo um pedido da União Européia e de outros sete países.

O relatório confirmando a ilegalidade das taxas do aço são uma formalidade e não pode ser impedido pelos EUA. Se o governo de George W. Bush não retirar as taxas do aço, as 15 nações da União Européia já garantiram o direito de retaliar em US$ 2,2 bilhões os produtos importados dos EUA. A lista inclui de suco de laranga até pijamas.

O governo norueguês disse na última sexta-feira que vai começar a impor uma taxa de 30% sobre US$ 12 milhões em produtos importados dos EUA. A medida começaria a valer em 6 de dezembro. Estão na lista produtos de aço, maçãs e armas de caça. Em Tóquio, o jornal "Kyodo News" disse no sábado que o Japão também deve impor uma tarifa de 30% sobre US$ 98 milhões em produtos de aço norte-americanos se Washington não tomar uma decisão até o próximo sábado.

A lista dos países que garantiram o direito de retaliar os EUA também inclui o Brasil, Coréia do Sul, China, Suíça, Nova Zelândia e a União Européia. As sobretaxas do aço foram impostas em março de 2002. A justificativa do governo norte-americano foi proteger a indústria local. Até agora, os EUA não confirmou se vai suspender as taxas, que podem ser aplicadas até março de 2005.

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