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OMC não busca liberalização total de economias na Rodada de Doha

A OMC quer um acordo que elimine os subsídios às exportações agrícolas dos países ricos


A Organização Mundial do Comércio (OMC) nunca pretendeu liberalizar totalmente as economias na Rodada de Doha, mas quer um acordo que elimine os subsídios às exportações agrícolas dos países ricos, destacou seu diretor-geral, Pascal Lamy, em entrevista publicada nesta segunda-feira (26-03) em Quito, no Equador.

"A meta desta negociação nunca foi a liberalização total das economias. Estamos procurando reduzir as barreiras comerciais, corrigir desequilíbrios nas regras comerciais atuais -que penalizam os países pobres - estimular o crescimento e a redução da pobreza", disse Lamy à publicação especializada "Líderes".

"Meus interlocutores americanos consideram que os avanços na negociação podem contribuir para renovar a autorização do Congresso (a assinar acordos comerciais antes de junho de 2007), e assim, concluir a Rodada de Doha", destacou.

Neste sentido, Lamy advertiu que, se o Trade Promotion Authority do presidente americano (TPA, autoridade para negociar acordos comerciais) não for prolongado, "existe um perigo real de perdermos tudo o que foi alcançado até agora".

As negociações da Rodada de Doha foram abertas em 2001 e deveriam terminar em 2004. Os países emergentes pedem uma redução dos subsídios e das tarifas agrícolas com as quais os países desenvolvidos se protegem.

Estados Unidos e Europa pedem por sua vez aos países em desenvolvimento que abram seus mercados aos serviços e produtos industriais.

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