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Ovinocaprinocultura cresce em Mato Grosso

Especialistas garantem que o Estado tem potencial para se tornar grande produtor


Especialistas garantem que o Estado tem potencial para se tornar grande produtor


O ano de 2012 está sendo um dos melhores para o setor da ovinocultura de corte em Mato Grosso que está se tornando uma atividade cada vez mais atraente e rentável. De acordo com o zootecnista e coordenador estadual  da cadeia produtiva da caprinoovinocultura da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) Paulo de Tarso, o Estado tem potencial para se transformar no maior produtor do país, porém precisa vencer alguns desafios. Entre eles a necessidade da implantação de ações voltadas ao incentivo do consumo, além de levar conhecimento ao produtor de que a atividade pode ser rentável, com o atrativo de ocupar um pequeno espaço na propriedade. O coordenador aponta como um dos principais ganhos este ano a entrada da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) nas atividade do setor.


O primeiro dia de campo do setor Famato em Campo reuniu aproximadamente 200 pessoas na Fazenda Herkapi, em Sorriso. O presidente da Famato, Rui Prado, ressaltou que a entidade está empenhada em incentivar outras atividades econômicas, como a produção leiteira, a ovinocultura e também a piscicultura. Prado disse ainda que Estado oferece inúmeras oportunidades para diversificar a produção e desenvolver outras cadeias produtivas com potencial, mas que ainda são consideradas pouco expressivas, como a ovinocultura.

O Estado possui um rebanho de 1,4 milhões de cabeças de ovinos, de acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado Mato Grosso (Indea), e cresce a uma taxa de 27% ao ano, respondendo por cerca de 11% do rebanho nacional, que é de 17 milhões de animais. Na avaliação de Paulo de Tarso, a partir de planejamento e eficiência na criação, como pilares para a boa produção, a atividade pode ser uma alternativa para diversificar a geração de renda no campo.

A fazenda Harkapi é considerada modelo na criação de ovinos e na integração lavoura pecuária. A família Piccoli entrou na atividade em 2006 com 30 animais. Hoje são 2.500 cabeças das raças Santa Inês, Dorper, Lacaune, White Dorper e Texel que ocupam apenas 35 hectares da propriedade. Segundo o proprietário, Hernandes Piccoli, o mais interessante é mostrar que é possível criar ovinos em integração com outras culturas, como soja e milho e também a pecuária de corte ocupando áreas mais acidentadas, que não são mecanizáveis.


Paulo de Tarso destaca ainda a implementação da comercialização como outro incentivo para os produtores, que até pouco tempo não tinham onde vender sua produção. Recentemente foi dado início às obras de um frigorífico em Terra Nova do Norte - com Inspeção Federal - e ainda há dois grandes frigoríficos em Rondonópolis e outro em Alta Floresta, além de haver compradores de outros estados vindo buscar o produto em Mato Grosso. “Não podemos mais reclamar que existe só um comprador, as opções a cada dia que passa aumentam”.

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