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Ovinos bons de pista

A venda de verão acelera a partir desta quinta-feira (25) no RS


Após uma arrancada empolgante, com alta liquidez e preço médio geral 117% mais alto em relação à temporada do ano passado no remate Texel da Cabanha Geribá, em Cachoeira do Sul (RS), a venda estadual de ovinos de verão acelera a partir desta quinta-feira (25) com o começo dos remates na Fronteira-Oeste. Com o consumo de carne aquecido e a baixa oferta no mercado, causada pela redução dos rebanhos no Rio Grande do Sul e Uruguai, um dos principais fornecedores brasileiros, o preço médio do quilo vivo do cordeiro sobe desde abril. Em algumas regiões do Estado, chegou esta semana a R$ 6,40, mais que o dobro do boi gordo, hoje em R$ 3,00. Há dez anos não se via cenário tão favorável ao ovinocultor, que chegou a receber 30% do valor do boi. Na média chegou a R$ 4,30 contra R$ 2,50 do mesmo período em 2009, conforme a Emater.

De acordo com o presidente da Febrocarne, Wilson Ferreto, a valorização tem efeito dominó, sendo verificada em todas as categorias. Matrizes e reprodutores, que não passaram de R$ 700,00 em 2009, chegam a R$ 2 mil neste ano, exemplifica. "Pelas ovelhas de consumo, os frigoríficos estão pagando R$ 9,00 o quilo/carcaça contra R$ 4,00 ano passado. Estamos prevendo uma excelente temporada, frigoríficos estão com dificuldades em adquirir cordeiros para abate."

No mercado, é forte a procura, especialmente por matrizes, indicativo de reposição de rebanhos. O presidente da Brastexel, José Luiz Dias, acredita que, com a revitalização do setor e o crescente interesse de indústrias, restaurantes, hotéis e supermercados, está havendo um retorno à atividade, também opção para diversificar investimentos. Apesar dos ventos favoráveis, a tendência é de manutenção da oferta de animais na temporada. "Optamos por testar o mercado num ano de bonança", explica o leiloeiro Lauro Fittipaldi, que nesta sexta-feira (26) comanda o leilão Conjunto Corriedale.

Rebanho gaúcho

O rebanho gaúcho, que chegou a ser de 14 milhões de ovinos no passado, não passa hoje de 3,63 milhões de ovinos.

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