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Painel sobre Manejo de Plantas Daninhas Resistentes marca encerramento do I Ciclo de Palestras da 44ª Exposul

O painel sobre Manejo de Plantas Daninhas Resistentes marcou o encerramento do I Ciclo de Palestras Aeagro.


O painel sobre Manejo de Plantas Daninhas Resistentes marcou o encerramento do I Ciclo de Palestras Aeagro sobre Manejo Integrado e Tecnologia da 44ª Exposul, na 2ª Vitrine Agropec. Durante os dois dias foram promovidos palestras com temas na área do agronegócio, ministradas por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O evento foi promovido pela Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Rondonópolis (Aeagro) e Sindicato dos Produtores Rurais de Rondonópolis.

As plantas daninhas são consideradas grandes invasoras das lavouras agrícolas e ocorrem com diversas espécies e varias culturas de forma rápida na maioria das regiões produtoras do País. O procedimento de Manejo Integrado de Plantas Daninhas tem a finalidade de diminuir a introdução dessas populações tão resistentes e indesejáveis nas lavouras. O primeiro passo é identificar o tipo de população e aplicar dosagens de herbicidas, levando em conta que o uso contínuo de produtos com os mesmo mecanismos de ação sobre a mesma espécie podem aumentar a resistência da planta.

Em Mato Grosso as principais espécies invasoras é a Buva, Caruru, Leiteiro, Picão Preto e o Capim pé de galinha.  A resistência múltipla dessas Plantas Daninhas ocorre quando elas são resistentes a dois ou mais herbicidas com diferentes mecanismos de ação, o que dificulta o manejo da planta. Os palestrantes ressaltaram que em casos assim, o agricultor precisa alternar constantemente as praticas de manejo utilizado, buscando retardar o desenvolvimento das espécies. 

Para o pesquisador do IMA, Edson Ricardo de Andrade Júnior,  o manejo de plantas daninhas é uma alternativa que contribui com o sistema de produção de Mato Grosso. “Essas espécies invasoras são predominantes no cultivo de soja, milho e algodão, influenciando o aparecimento de pragas e doenças, causando ainda danos tantos diretos, quanto indiretos. Os danos diretos porque disputam espaço e nutrientes do solo com a cultura desejado pelo produtor, o que influencia diretamente na produção e os danos indiretos que dificultam as operações de manejos durante a safra. O manejo correto dessas plantas pode trazer bons resultados”, ressalta o pesquisador.

De acordo com professor doutor da UFMT, Sebastião Carneiro Guimarães, há pelo menos 30 anos não é criado tipos novos de herbicidas no mundo, o que aumenta a capacidade de resistência das Plantas Daninhas em relação ao que já existem no mercado. “O glifosato é o tipo de herbicida mais utilizado nas lavouras brasileiras e que hoje grande parte dessas plantas invasivas já apresentam resistência ao defensivo. Com a limitação de descobertas de novos ciclos de ação e aumento crescente de diferentes tipos de Plantas Daninhas resistes a herbicidas torna o cenário preocupante. O mais complicador é que as medidas de manejo que envolve alternância de ciclos de ação são medidas difíceis de vender, porque o produtor desconhece e não quer pagar por elas”, explicou o professor.

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