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País deve se tornar o maior produtor e maior consumidor de biodiesel

Aprobio defende aumento de mistura de biodiesel no diesel


Criação de um novo marco regulatório e ampliação do percentual de mistura proporcionam o aumento da produção de biodiesel reduzindo a capacidade industrial ociosa, que é de 50%
 
A produção mensal de biodiesel no país é de 300 a 340 milhões de litros, atendendo ao consumo. Porém, a ociosidade industrial é de 50%. Algumas indústrias possuem índice superior a 50%. Já a BSBIOS tem um percentual bem abaixo. Entretanto, provocar o aumento do consumo será a alternativa para ampliar a produção no país. Com essa perspectiva, o Brasil deverá se tornar o maior produtor mundial e também o maior consumidor, conforme o presidente da Associação de Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Erasmo Carlos Battistella.

Segundo ele, o país tem capacidade de dobrar sua produção, chegando aos 700 mil litros/mês, sob a ótica de disponibilidade industrial. A Aprobio trabalha para reverter o cenário, alinhado com a Frente Parlamenta do Biodiesel, para construir um novo marco regulatório, que está sendo chamado de Programa Nacional de Uso e Produção de Biodiesel 2. “A expectativa é de que com esse novo marco regulatório tenhamos o horizonte dos próximos 10 anos do programa. E dentro desse novo horizonte, nossa perspectiva é de que haja aumento de percentual de mistura de biodiesel no diesel. Estamos solicitando ainda para esse ano que o aumento seja de 5% para 7%”, explica Battistella.

As discussões do B7 estão avançadas e o governo federal se posicionou que, até meados de março, deverá tomar posição quanto a este ponto e também quanto ao marco regulatório.
 
O presidente da Aprobio ressalta que são diversas as vantagens com o aumento do percentual de 5% para 7%, entre elas, como vai demandar mais matéria-prima da agricultura e agricultura familiar, com isso, beneficiando os pequenos produtores; o país vai passar a utilizar mais combustível limpo de energia renovável; vai diminuir a importação de diesel, porque o Brasil ainda importa diesel e, também, vai agregar valor a uma matéria-prima que hoje é exportada in natura e será transformada dentro do Basil.

A direção a Aprobio e Frente Parlamentar participam de uma série de reuniões no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, trabalhando os principais agentes dos setores. Há 15 dias, o encontro foi com o Sindicato das Distribuidoras de Combustível e também, Fecombustível – entidade que representa os postos de combustível, demonstrando a necessidade de um novo marco regulatório para que seja possível ter um horizonte da próxima década. “Na ANP, todos foram favoráveis ao novo marco regulatório. Na última semana, a reunião foi em Brasília, com o Ministério de Ciências e Tecnologia, e Ministério de Desenvolvimento Agrário, onde trabalhamos pontos específicos e, nesta semana, fomos discutir o assunto com o Mapa, Ministério de Minas e Energia, dos Esportes e Casa Civil, buscando o diálogo com o governo, para construir esse novo marco regulatório”,. acrescenta.

Conforme o presidente da Aprobio, o Biodiesel representa uma estabilidade de preço para o produtores e um comprador de sua matéria-prima o ano todo, além de um mercado interno reforçado. Para o Brasil, o biodiesel representa hoje uma nova fonte de combustível renovável, que complementa o diesel, como o etanol complementa a gasolina, e uma grande oportunidade para o país, porque quando se utiliza biodiesel, está sendo produzindo mais alimento, em função da produção de mais proteína de soja ou farelo de soja que são transformados em carnes e seus derivados, posteriormente. “Também é uma oportunidade por todas as condições que o Brasil tem, certamente será o maior produtor de biodiesel e o maior consumidor mundial, nos próximos anos”, conclui.

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