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Países da América Latina repudiam trigo argentino

Será enviado uma moção à Argentina para contestar a política de exportação


A Associação Latino-americana da Indústria Moageira – ALIN elegeu na última quarta-feira (08-11) seu novo presidente, o peruano Alejandro Daly, que começa seu mandato com um grande desafio: diminuir a concorrência desleal da farinha e das misturas argentinas em relação às produzidas em outros países da América Latina. Segundo Samuel Hosken, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo, que participou no Chile da reunião da ALIN, o setor na região já deu sinais que vai aumentar a ofensiva contra a concorrência argentina.

Uma das medidas definidas neste encontro pelos moageiros latino-americanos é o envio de uma moção, dirigida ao governo argentino, repudiando duramente a política discriminatória e predatória daquele país. Isso porque, além do imposto de exportação ser diferente para a farinha e a pré-mistura, 20% e 10%, respectivamente, a Argentina também pratica preços diferenciados do trigo, vendendo para seus moinhos a 132 dólares a tonelada, enquanto que para moinhos de outros países vende o mesmo trigo a quase 200 dólares a tonelada.

Outra medida neste sentido foi tomada no mesmo dia pelo governo chileno, por meio do seu Ministério de Agricultura, que deverá renovar, em dezembro próximo, a Medida Compensatória criada para proteger o mercado chileno de farinha, aumentando de 14% para 31% o valor cobrado sobre o trigo importado da Argentina. No Brasil, medida semelhante será apresentada no dia 16 de novembro para representantes argentinos, com o objetivo de defender a indústria nacional e evitar o fechamento de moinhos e a transferência de empregos para a Argentina – caso os moinhos daqui passem a operar no país vizinho. As informações são da assessoria de imprensa da Abitrigo.

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