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Para Cargill, não há indício que semente foi misturada no Brasil


A subsidiária brasileira da Cargill informou nesta quinta-feira (13-05) que está colaborando com o Ministério da Agricultura e os importadores para esclarecer como sementes tratadas de soja foram registradas em um carregamento brasileiro de soja em grão na China. Em um comunicado, a empresa indicou que o produto pode ter sido misturado à carga após ter deixado o Brasil. "Até o momento, não foi encontrado nenhum indício de que a soja tratada tenha sido embarcada neste navio em porto brasileiro", informou a Cargill no comunicado.

A China, maior compradora mundial de soja, suspendeu na terça-feira as importações de quatro empresas responsáveis por um carregamento de soja que chegou ao país em 18 de abril no qual foram encontradas sementes tratadas com agroquímicos.

As empresas são as brasileiras Cargill, Irmãos Trevisan S/A e Bianchini S/A, além do Noble Group, com sede em Hong Kong. Sementes tratadas devem ser utilizadas apenas para plantio, e não para alimentação de humanos ou animais.

A Cargill afirmou que recebeu na manhã desta quinta-feira comunicação oficial do Ministério da Agricultura de que parte das 30 mil toneladas de soja da empresa embarcadas no navio Bunga Saga foi rejeitada por autoridades chinesas na chegada ao porto de Xiamen.

Segundo a Cargill, os chineses alegam que parte do carregamento foi contaminada por carboxin, defensivo agrícola usado para tratar soja destinada à produção de semente. A Cargill afirmou ainda que o embarque, composto por 59 mil toneladas de soja, ocorreu no terminal de uma outra empresa no porto de Rio Grande (RS) e que a carga foi certificada por empresa controladora assim como pelo ministério.

Em um comunicado distribuído na quarta-feira à noite, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, criticou as exportadoras e pediu "rigor" na apuração do caso. "Não é admissível que empresas exportadoras adotem comportamento imediatista e atitudes gananciosas", disse o ministro no comunicado. Está prevista para a manhã desta sexta-feira uma reunião, em Brasília, com representantes do ministério e as exportadoras, para discutir o assunto.

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