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Manutenção da produtividade do agro passa por políticas de fomento a boas práticas agrícolas


Manutenção da produtividade do agro passa por políticas de fomento a boas práticas agrícolas

O agro brasileiro manterá seu avanço baseado no aumento de produtividade, ou seja, produzirá mais em menos área. O desafio será fortalecer esta tendência voltada à sustentabilidade ambiental, viabilizando a expansão de práticas agrícolas conservacionistas – que economizam recursos naturais e emitem menos carbono. Este é o principal destaque do estudo “Agricultura de baixo impacto: construindo a economia verde brasileira”, divulgado pelo Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), durante a Rio+20.

Até 2030, de acordo com o documento, os principais produtos do agro [veja tabela abaixo] terão aumento de produção, e a expansão da área agrícola ocorrerá basicamente sobre pastagens hoje degradadas. Segundo o relatório, é factível esperar a transformação de 30 milhões de hectares deteriorados em novas áreas produtivas. Além disso, a intensificação da pecuária também liberará novas áreas para a agricultura.

 
“A área de pastagens cairá de 182 milhões de hectares em 2011 para 174 milhões em 2030, o que significará ao menos 7,4 milhões de hectares para outras culturas”, assinala o estudo. Esta nova dinâmica do uso da terra, acentua o trabalho, acarretará ainda na redução cada vez maior do desmatamento líquido. Além disso, com a aprovação do novo Código Florestal, o Brasil deverá recuperar entre 10 milhões a 30 milhões de hectares de Áreas de Preservação Permanente no período.

O estudo do Icone indica a massificação de boas práticas agrícolas (plantio direto, integração-lavoura-pecuária-floresta, rotação de culturas, plantio de florestas, entre outras) como primordial para esta mudança no uso da terra. No entanto, o relatório alerta que isso passa necessariamente pelo estabelecimento de políticas de fomento, que além de crédito e desoneração tributária, estimulem o pagamento por serviços ambientais.
Uso da terra hoje

A vegetação nativa ocupa 65% do território brasileiro, as pastagens 23% e a área de agricultura e florestas plantadas 7%.

Dos 554 milhões de hectares de mata nativa, 274 milhões estão em fazendas privadas.

Relevância do agro

Em 2011, o setor representou 22% do Produto Interno Bruto (PIB), considerando produção de grãos, lavouras perenes e pecuária, deixando de fora do cálculo florestas plantadas e frutas.

O papel das energias renováveis na matriz energética brasileira em 2011 foi de 44,1%, sendo que os produtos da cana-de-açúcar (bagaço e etanol) representaram 16,6% do consumo final de energia.

* Confira o estudo completo clicando aqui.

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