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Para o etanol, pior ainda está por vir, diz Rabobank

"No início de abril, o tráfego nas principais cidades brasileiras havia caído entre 50% e 80%”



Foto: Divulgação

A expectativa era de que os preços dos combustíveis subissem de 11% para 12% em março, mas o que ocorreu foi que o coronavírus acabou os derrubando e isso pode ser bastante prejudicial para o setor de etanol no Brasil. De acordo com o Rabobank, a tendência é de que esses preços caiam ainda mais. 

“O pior ainda estava por vir. No início de abril, as medidas adotadas pelas autoridades e empresas brasileiras para aumentar o distanciamento social resultaram em um enorme declínio no uso de combustível. No início de abril, o tráfego nas principais cidades brasileiras havia caído entre 50% e 80%”, comenta o Banco. 

Nesse cenário, a época de moagem no Centro / Sul, onde mais de 90% do etanol é produzido, começa em abril, então a demanda desapareceu da noite para o dia, exatamente quando a produção estava aumentando. “Os preços no início de abril caíram 40% em relação ao mês anterior e agora estão nos níveis mais baixos desde meados de 2017, indicando uma margem muito pequena para todos, exceto os operadores mais eficientes. A esses preços, o setor de etanol de milho pequeno, mas em rápida expansão, no Brasil também está sob pressão”, completa. 

Para o biodiesel, a demanda foi impactada negativamente pela redução do transporte rodoviário, que caiu 20% em março em relação ao mês anterior e deverá registrar uma contração de 40% em abril. “Embora a demanda de frete dos setores de alimentos e agronegócios tenha sido estável, um declínio dramático na atividade de construção e transporte industrial, juntamente com a diminuição dos serviços de ônibus, registrou um declínio acentuado no consumo de diesel e biodiesel”, conclui. 

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