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Para Reino Unido, Brasil é parceiro prioritário

Diplomata inglês destacou a importância estratégica da CNA nas relações comerciais 


Diplomata inglês destacou a importância estratégica da CNA nas relações comerciais 

O futuro das relações comerciais entre o Brasil e o Reino Unido foi tema da conversa mantida nesta terça-feira (30/08), entre o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e o embaixador britânico, Alexander Ellis. Durante o encontro, Alexander Elis garantiu que o “Brasil está no radar de meu país, sendo prioridade dentre as alternativas para a importação de alimentos, especialmente depois que deixamos de fazer parte da União Europeia (UE)”.  O diplomata inglês destacou ainda que a Inglaterra “reconhece a qualidade e a sanidade da carne produzida no Brasil”, além de destacar a importância estratégica da CNA nesse processo.

João Martins fez um breve relato sobre a situação política e econômica vivida pelo país, destacando a importância da agropecuária no processo de desenvolvimento do Brasil. Ele lembrou que a “sociedade brasileira tem direito a uma nova oportunidade, passada a turbulência do impeachment, abrindo caminhos para a aprovação de reformas estruturais como as da Previdência Social e trabalhista”. 

O presidente da CNA lembrou também a necessidade de mudanças pontuais na legislação ambiental em vigor, “para desobstruir canais e permitir ao agricultor segurança jurídica para produzir”. 

Relações comerciais 

Depois de 43 anos atuando dentro da UE, disse Alexander Ellis, “vislumbramos novas relações comerciais do Reino Unido com o Brasil”. Mas, às vezes, “é muito mais fácil identificar o problema do que solucioná-lo”, salientou. O diplomata inglês citou como exemplo para uma futura parceria com o Brasil, um programa existente em seu país – voltado para pequenos e médios produtores -, além de projetos nas áreas da sustentabilidade e de preservação do meio ambiente.

Outra possibilidade de colaboração entre o Brasil e o Reino Unido, segundo João Martins, seria desenvolver projetos para a recuperação de solos degradados. Ele informou ao diplomata que o Brasil poderá, no médio prazo, recuperar mais de 60 milhões de hectares de áreas degradadas, tornando-as aptas para o plantio e aumentando a produção de grãos. A CNA e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), disse ele, lançaram no ano passado um programa de recuperação de nascentes, que é um verdadeiro sucesso, “mas precisamos aliar a essa estratégia a preservação do solo”.

Seminário Internacional 

O presidente da CNA convidou o embaixador britânico e sua equipe para participarem do Iº Seminário Internacional – Resiliência Climática e Descarbonização da Economia, a ser realizado pela CNA e o SENAR. O evento vai acontecer no próximo dia 14 de setembro, na sede da instituição. A abertura do Seminário terá a participação do presidente da CNA e do Secretário Executivo do SENAR, Daniel Carrara. No evento serão realizados painéis como “Mudanças climáticas globais – Os próximos passos no debate das mudanças climáticas, pós acordo de Paris”; “Serviço ambiental e oportunidades”; e “Assistência técnica e gerencial”. 

Participaram da audiência, realizada na seda da CNA, a superintendente de Relações Internacionais (SRI), Alinne Betânia; o Secretário Executivo  do SENAR, Daniel Carrara, e o consultor técnico da SRI, Thiago Masson.

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