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Paraná bate projeção de exportações em 2011

A soja em grão foi responsável por 26% do total exportado


Dos US$ 6,17 bilhões exportados pelas cooperativas de todo o País em 2011, o Paraná foi responsável por 36,1% de todo este capital. O Estado fechou como o principal exportador de produtos agropecuários para o exterior, totalizando US$ 2,23 milhões, cerca de 1,37% a mais do que havia estimado no início do ano passado. Dentre as 40 maiores empresas paranaenses exportadoras, em seis posições estavam cooperativas, com a Coamo ficando na segunda colocação geral. Já o Brasil teve um crescimento impressionante: saltando seus valores em cerca de 40% (US$ 4,42 bilhões para US$ 6,17 bilhões).


O assessor técnico econômico da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti, afirma que as tendências não sofreram alterações e, portanto, os principais produtos e mercados consumidores se mantiveram em destaque ao longo de 2011. ''Os preços permaneceram firmes e com bons valores no mercado internacional'', relata ele.

A soja em grão foi responsável por 26% do total exportado, seguido pelo farelo de soja, com 20%, pelo frango congelado, com 17%, açúcar, com 11%, e pelo trigo, com 5% das exportações. ''O trigo foi uma surpresa interessante, porque geralmente importamos este produto. A mudança de comportamente foi devido à quebra da safra na Rússia, o que fez com que ficássemos com o mercado do Norte da África disponível'', explica o especialista.

A China permanece como maior mercado consumidor das cooperativas paranaenses, totalizando 23% do volume vendido. Na sequência, estão Alemanha, com 13%, Países Baixos, com 9%, Japão, com 8%, e França, responsável por 4% das aquisições.

Perspectivas

As expectativas para 2012 ainda estão um pouco nebulosas devido à estiagem que assolou o Estado. O último levantamento do Deral calculou perdas 3,95 milhões de toneladas, o equivalente a 18% da produção de grãos de verão, em função da seca. ''É o momento de fazermos uma nova análise destes números. Hoje não conseguimos estimar nada com precisão. Porém, acredito que possamos atingir os US$ 2,4 bilhões (em exportação). Vai depender muito da safra do milho safrinha e do mercado de carne nos próximos meses'', projeta Mafioletti.


Em relação ao efeito da crise financeira da zona do euro nas exportações, Gilson Martins, assessor técnico da Ocepar, argumenta que a Europa é um mercado cativo, com destaque para o consumo da Alemanha e da França. No entanto, a situação não é preocupante, pois não deve afetar a China, cuja economia se mantém em crescimento em 2012. ''Imaginamos que os mercados internacionais vão se manter e que não teremos problemas. A estimativa é de que o mercado de commodities agrícolas ainda se mantenha favorável por alguns anos'', avalia.

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