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Paraná estima que safra de milho cairá 14% e de trigo crescerá 39%

Projeção é de que a produção de milho na região alcance 596 mil ton na safra de inverno; já a de trigo deverá chegar a 95 mil ton


No primeiro semestre de 2009 no noroeste do Paraná sofreu com a seca, geada e chuvas fortes. A combinação causou efeitos nas lavouras de milho. Por outro lado, o cultivo de trigo na região não foi prejudicado por causa do plantio mais tardio.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a safra de milho nos 29 municípios do núcleo regional de Maringá deverá ser 14,18% menor do que a expectativa inicial. Já na colheita do trigo haverá avanço de quase 39% sobre o que foi colhido em 2008.

A quantidade de milho ao final do atual ciclo, inicialmente projetada entre 668 mil e 700 mil toneladas, deverá ficar entre 579 mil e 596 mil toneladas. A área plantada de milho foi reduzida em 12% na comparação com a safrinha do ano passado. As lavouras, que ocupavam 189,8 mil hectares em 2008, agora ocupam 167 mil hectares. A produtividade por hectare de milho na região de Maringá caiu de 4,1 mil quilos para 3,35 mil.

Por outro lado, haverá expansão na safra de trigo no núcleo regional. Se na safrinha 2008 foram colhidas 68 mil toneladas do cereal, em 2009 o volume deverá chegar a 95 mil toneladas – aumento de 38,71%. A área plantada na região de Maringá passou de 27,2 mil hectares para 43 mil nesta safra – expansão de 58%.

O economista do Deral Dorival Basta explica que os problemas climáticos explicam a migração de produtores de milho para o trigo em Maringá e região. “A seca atrasou o plantio e a colheita da soja no verão e depois atrasou também o plantio do milho. Muitos produtores simplesmente não conseguiram plantar o milho a tempo e recorreram ao plantio do trigo”, explica Basta.

O trigo pôde ser plantado até o final de maio, o que deu condições aos agricultores que perderam os prazos na safra de verão. “As lavouras de trigo na região estão 100% boas”, ressalta Basta. Já para os produtores de milho, a frustração de safra será inevitável. “Houve seca no início do plantio, por volta do mês de março, e depois houve uma geada”, lembra o economista. “As chuvas que ocorreram posteriormente ajudaram, mas tiveram maior efeito no milho mais novo”, acrescenta.

O Deral estima que haverá 100 mil toneladas a menos de milho na região de Maringá, o que causa efeitos em toda a economia dos municípios. Os maiores produtores de milho no núcleo regional são Maringá, São Jorge do Ivaí e Marialva. No cultivo do trigo, destacam-se Astorga e Marialva. A frustração de safra em todo o Estado será de 27,6%. A estimativa inicial de colheita, que era de 6,3 milhões de toneladas de milho, foi reduzida para 4,5 milhões de toneladas.

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