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Paraná vacina contra aftosa e teme caso de vaca louca

A vacinação deve ser feita até 31 de maio


Vacinação que protege o gado contra a febre aftosa deve ser feita até 31 de maioA campanha contra a aftosa do Paraná, lançada ontem em Campo Magro, na região de Curitiba, ganhou dois novos apelos. O estado está retomando as exportações para a Rússia – dez anos depois dos embargos que representaram perdas de R$ 8 bilhões em uma década – e a carne bovina brasileira volta a ter sua condição sanitária colocada em xeque pela suspeita de vaca louca em Mato Grosso. A vacinação deve ser feita até 31 de maio.

As duas questões foram usadas nos apelos das autoridades sanitárias para que nenhum animal com menos de 24 meses deixe de ser vacinado. Dos 9,5 milhões de bovinos e bubalinos, perto de 4,3 milhões que estão nessa faixa etária precisam ser imunizados. O medicamento necessário custa R$ 6,5 milhões aos pecuaristas.

A vacina contra a aftosa não protege o rebanho contra a doença da vaca louca – controlada com ração sem proteína animal e com o monitoramento do plantel –, mas é imprescindível para manter ou elevar a condição sanitária da carne bovina no exterior, apontou o presidente da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), Inácio Kroetz. O Brasil recuperou em 2008 a condição de área livre da aftosa com vacinação e tentará alcançar o status de área livre com vacinação em 2015.

“Estamos cada vez mais perto da última campanha”, disse o presidente da agência, criada dois anos atrás. Após a contratação de 200 servidores para a Adapar, cujo concurso acaba de ser lançado, o estado vai pedir reconhecimento para suspensão da vacinação ao Ministério da Agricultura e à Organização Internacional de Saúde Animal, a OIE. O novo status depende também da situação em estados vizinhos e no Paraguai.

É necessário garantir vacinação para que não haja qualquer suspeita e para que o rebanho esteja protegido se algum caso for registrado na América do Sul. “Um único animal não vacinado pode levar a um prejuízo de bilhões de reais”, disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Esta pode ser a penúltima. E a campanha de novembro, a última. Dependemos da colaboração de cada pecuarista.”

O governador Beto Richa foi a Campo Magro e engrossou os apelos da campanha. “Hoje nosso trabalho é para conquistar status de área livre sem vacinação [só conferido a Santa Catarina]”. Em sua avaliação, o Paraná nunca teve aftosa, mas pagou o preço por reconhecer uma ocorrência duvidosa.

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