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Paranaense é premiado por desenvolver colhedora de algodão

Prêmio Gerdau Melhores da Terra na categoria novidades


Ribeirão Preto - A Montana Indústria de Máquinas LTDA, instalada em São José dos Pinhais, recebeu ontem (3) o troféu de ouro da 29 edição do Prêmio Gerdau Melhores da Terra na categoria novidades. A premiação ocorreu durante a 18 Agrishow, que acontece em Ribeirão Preto (SP). O prêmio, recebido pelo empresário Gilberto Zancopé, foi devido à criação da primeira colhedora de algodão adensado do mundo.

Segundo Zancopé, só existem dois protótipos criados nos EUA, que não são iguais ao seu modelo. O empresário acrescente que a máquina, batizada de Cotton Blue 2826, é capaz de colher lavouras de algodão, cuja largura entre uma planta e outra seja de 45 centímetros - metade de um plantio convencional. Esse sistema, assegura ele, garante um melhor uso de área plantada. Zancopé afirma que até hoje o maior problema desse tipo de plantio é no momento da colheita, pois uma colhedora convencional não consegue realizar com êxito o trabalho.

O projeto do empresário surgiu depois de quatro anos de pesquisas e investimentos de US$ 2 milhões. ''Essa máquina tem a capacidade de colher 700 hectares por safra, a um custo de manutenção de R$ 10 mil ao ano, R$ 90 mil a menos do que uma colhedora convencional'', afirma Zancopé. A colhedora de algodão adensado está disponível no mercado por volta de R$ 480 mil.

A capacidade da fábrica no Paraná, segundo Zancopé, é de 40 máquinas por ano. A produção de 2011 já está praticamente vendida. Só na Agrishow, foram comercializados sete equipamentos, a maioria para a região Centro-Oeste. Visando conquistar mais mercado, a empresa investiu em 2011 R$ 250 milhões. Para 2012, o incremento na produção deverá ser de R$ 50 milhões.

De acordo com o coordenador da Comissão Julgadora do Prêmio e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Coelho de Souza, o troféu de ouro foi dado porque se trata de um projeto inovador que trará grandes benefícios para a agricultura brasileira. Até pouco tempo, argumenta o professor, não havia um equipamento adequado para colher algodão adensado no País.

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