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Paraquate: Indústria apontou “falhas metodológicas” em estudos usados na reavaliação

Indústria tinha Força Tarefa para reverter banimento


Um “Força Tarefa” tentou reverter o banimento do herbicida Paraquate apresentando a existência de “falhas metodológicas de alguns estudos avaliados pela GGTOX, concluindo que o Paraquate não é mutagênico em células germinativas, corroborado por resultados negativos de toxicidade reprodutiva e teratogênese”. A argumentação foi rejeitada pela Gerência Geral de Toxicologia, e o ingrediente ativo foi banido pela Anvisa nessa semana.

Relembre: Anvisa decide banir Paraquate

O grupo era formado por representantes do Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal) e mais 19 empresas do setor que detêm registro, pleito de registro em análise ou em fase de submissão junto às autoridades regulatórias. Segundo a Anvisa, essa Força Tarefa “participou ativamente durante todas as etapas do processo de regulamentação referente à reavaliação toxicológica do Paraquate”.

Além desse argumento usado pela indústria para evitar a suspensão do ingrediente ativo, o grupo também apresentou “pareceres técnicos elaborados por especialistas da área, incluindo mestres, doutores e docentes na área de toxicologia, que concluíram por não haver embasamento científico para concluir que o Paraquate desencadeie a Doença de Parkinson”.

A Força Tarefa também solicitou a análise do relatório de avaliação toxicológica do Paraquate feita pela Agência Australiana – APVMA. O estudo australiano, publicada no mês de outubro de 2016, concluiu que o Paraquate não é genotóxico. Ambas argumentações – além de diversas outras apresentadas pela indústria, bem como um plano de mitigação de riscos – acabaram sendo, ao final, descartadas pelo GGTOX.

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