A Parmalat Finanziaria, que tem € 1,16 bilhão (US$ 1,4 bilhão) em dívidas que vencem neste ano, quer adiar uma opção que permite aos sócios da unidade brasileira vender suas ações para a companhia por US$ 300 milhões.
A maior fabricante de laticínios da Itália está conversando com os titulares de uma participação minoritária na Parmalat Administração com o objetivo de adiar o acordo, segundo informou Gian Guido Oliva, porta-voz da companhia sediada em Milão, Itália.
Os não identificados acionistas "norte-americanos" compraram 18% da unidade de laticínios em 1999 em uma transação organizada pelo Bank of America.
Oferta pública
Os investidores podem pedir restituição se a empresa Parmalat não realizar uma oferta pública inicial até o final deste ano das ações da companhia brasileira, que agrupa os negócios da empresa Parmalat no Brasil.
Incluindo juros, a opção pode custar à Parmalat algo perto de US$ 360 milhões, segundo cálculos efetuados pela agência de notícias "Bloomberg News".
A Parmalat informou no início desta semana que levantou cerca de € 300 milhões com a venda de bônus para um não identificado investidor institucional italiano. A companhia italiana havia informado, no mês de abril, que não planejava realizar vendas de bônus no "curto prazo".
As ações da Parmalat Finanziaria subiram até 3 centavos, ou 1,2%, fechando em € 2,62 e foram negociadas a € 2,59 na Bolsa de Milão, eliminando um declínio anterior de até 3,6%.