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Patente acelera pesquisa de controle biológico do percevejo na soja

“Composição de atração, armadilhamento e/ou extermínio"



Uma decisão favorável à Embrapa promete auxiliar os produtores de soja nacionais no controle de uma das piores pragas da cultura: os percevejos. A patente concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) tem como princípio ativo o composto metil 2,6,10 trimetiltridecanoato, responsável pela atração de várias espécies de percevejos do complexo da soja, incluindo o percevejo marrom da soja o Euschistus heros. 


Intitulada “Composição de atração, armadilhamento e/ou extermínio do percevejo da soja Piezodorus guildinii” (PI 9903509-0), a patente é resultado de mais de 15 anos de pesquisas desenvolvidas pelas equipes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e instituições parceiras.

O foco foi a utilização de semioquímicos para controle biológico do complexo de percevejos que atuam como pragas nas lavouras de soja no Brasil. Semioquímicos são substâncias utilizadas na comunicação entre os seres vivos na natureza. Quando ocorrem dentro da mesma espécie, são chamadas de feromônios.

O pesquisador Miguel Borges e sua equipe estudou a fundo esses feromônios para monitorar e reduzir as populações de percevejos nas lavouras de soja no Brasil. Começou, então, a criá-los em laboratório para reproduzir as condições existentes na natureza e extrair a substância. O percevejo marrom (Euschistus heros), o percevejo pequeno verde da soja (Piezodorus guildinii), e o percevejo verde (Nezara viridula) – constituem o complexo de pragas de maior risco para a cultura da soja no Brasil, causando danos desde a fase de formação das vagens até o final do desenvolvimento das sementes. 


Experimentos em campo com esse feromônio resultaram na captura de fêmeas de Euschistus heros, Piezodorus guildinii e Edessa meditabunda (conhecido popularmente como percevejo-asa-preta-da-soja). Apesar do feromônio não ser produzido por todas essas espécies, pode ocorrer atração cruzada, como explica o pesquisador Miguel Borges: “uma espécie utiliza o feromônio da outra porque sabe que encontrará sítio de oviposição e alimentação”.

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