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PE: Seca produz perda econômica e produtiva na agroindústria canavieira

Cerca de 2,3 milhões de ton de cana deixaram de ser produzidas


Cerca de 2,3 milhões de toneladas de cana deixaram de ser produzidas apenas neste ano

A escassez de chuva na Mata Norte do Estado, recorrente nos últimos anos, tem promovido prejuízos econômicos significativos na cadeia produtiva do setor sucroalcooleiro de Pernambuco. Cerca de 2,3 milhões de toneladas de cana deixaram de ser produzidas apenas neste ano. Isso representa um déficit financeiro de aproximadamente R$ 270 milhões. Perdas relacionadas com a antecipação do encerramento da moagem nas usinas, falta de matéria prima para a produção de açúcar e álcool e o corte de milhares de postos de trabalhos também têm relação direta com o baixo índice pluviométrico ocorrido na microrregião.

De acordo com o vice-presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Paulo Guedes, a estiagem promoveu uma perda de aproximadamente 30% da safra 2010/2011. “Em apenas uma usina, o déficit foi de 550 mil toneladas, o que corresponde a 1,1 milhões de sacas de açúcar”, exemplifica. Ele ressalta que, apenas neste caso, o prejuízo chega a R$ 100 milhões.

Os pequenos e médios produtores de cana amargaram prejuízos ainda maiores em decorrente deste cenário caótico, se levar em consideração a respectiva capacidade financeira. “Eles dependem da produção para pagar os credores, manter-se e investir na nova safra”, conta Guedes. Ele informa que o fornecedor, que produz 10 mil toneladas por safra, necessita de R$ 300 mil por ano para manter a atividade em ordem.

A Mata Norte, que representa 35% da cana produzida no Estado, é responsável por 7,6 milhões de toneladas de cana por safra. Entretanto, com a seca, foram perdidas 2,3 milhões de toneladas. Destas, o pequeno e médio produtor obteve um prejuízo de R$ 60 milhões, deixando de produzir 800 mil toneladas. “O fornecedor que produziu cinco mil toneladas teve um perda de receita de R$ 105 mil”, exemplifica. Ele informa que isso vai gerar diversos problemas futuros e o produtor terá dificuldade de cumprir os compromissos para iniciar uma nova entressafra.

O fornecedor vem acumulando diversos prejuízos em decorrência da falta de chuva na Mata Norte ao longo dos últimos anos. “Na safra de 1999/2000, enfrentamos uma das maiores quebra na produção por conta da seca”, conta Guedes. Ele lembra que o déficit foi de 70% na microrregião, promovendo reflexos negativos econômicos e produtivos durante três anos consecutivos. Novamente, na safra 2005/2006, o setor sucroalcooleiro enfrentou perda considerável na produção devido o baixo índice pluviométrico. “E, após períodos de normalidade climática entre as safras 2006/2007 e 2009/2010, a seca voltou mais uma vez este ano”, fala Guedes

As informações são da assessoria de imprensa da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP).

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