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Pecuaristas querem ações mais fortes por parte do Estado de MT

Segmento quer o fortalecimento da Secretaria de Desenvolvimento Rural


Segmento quer o fortalecimento da Secretaria de Desenvolvimento Rural

Reeleito no último domingo (3) para um mandato de mais quatro anos ao Palácio Paiaguás, Silval Barbosa, já está sendo cobrado por produtores e pecuaristas em relação a uma postura mais firme do governo estadual sobre a questão ambiental. O setor produtivo reclama perdas nos últimos anos, em função das restrições impostas por órgãos federais e estaduais. Agora, com a definição das atribuições de cada órgão, os pecuaristas esperam ações mais concretas do governo e maior flexibilidade por parte dos órgãos que cuidam do meio ambiente.

“A nossa expectativa é otimista em relação ao governador Silval Barbosa, mas vamos acompanhar de perto e cobrar do governo medidas de melhorias para a população e para o setor produtivo”, afirmou o vice-presidente da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), José João Bernardes.

Ele espera uma “postura mais favorável” com referência às questões ambientais. “Queremos um governo que compatibilize a legislação estadual com a federal e reconheça a importância do agronegócio para o Estado e para o país”. Bernardes defende ações que garantam a continuidade da atividade agropecuária no Estado com crescimento e sustentabilidade. “É imprescindível preservarmos o meio ambiente, como temos feito, mas é fundamental também que o crescimento econômico não seja interrompido”.

Os pecuaristas querem também que a Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado seja fortalecida no próximo governo. “Queremos uma secretaria do tamanho e da importância do agronegócio mato-grossense. Hoje a secretaria é uma pasta de terceira ou quarta importância na estrutura de governo. Na nossa opinião, a Secretaria tem de ter mais peso e se transformar na pasta mais importante e forte”, afirmou Bernardes.

O segmento defende “medidas tributárias e de incentivos” que visem reconhecer a importância da agropecuária para o desenvolvimento econômico do Estado, bem como a definição do zoneamento socioeconômico-ambiental e uma solução para o problema da logística no Estado.

Os pecuaristas propõem ainda a criação de novas linhas de crédito para a recuperação de pastagens, taxas de juros e prazos compatíveis nos financiamentos para o setor pecuário, mais recursos para o programa de vigilância sanitária e crédito para os pequenos e médios frigoríficos do Estado.

Outra medida, segundo o diretor-executivo da Associação dos Proprietários Rurais (APR), seria a redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o boi em pé, para competir com outros Estados que também exportam boi.

POLÍTICA AGRÍCOLA – Na avaliação da APR, a primeira medida a ser tomada pelo novo presidente deveria ser a implantação de uma política agrícola de longo prazo, que permita ao setor fazer o planejamento de investimentos com mais garantia e segurança. “Sem esta política, o setor não tem diretriz, fica difícil tocar uma atividade quando não se tem uma definição e sabendo que as regras do jogo podem ser mudadas a qualquer momento”, sustentou Resende.

Ele quer também que o governo crie linhas de crédito com prazos mais longos e juros subsidiados para que os pecuaristas retenham animais no pasto.

Seja qual for o novo presidente eleito no próximo dia 31, Paulo Resende acredita que o setor agropecuário terá um tratamento especial por ser o agronegócio a força motriz do desenvolvimento econômico e principal gerador de emprego e renda no Estado.

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