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Pequena reação da soja

A cotação dos contratos de soja com vencimento em janeiro ensaiaram uma leve recuperação


Após sucessivas quedas em Chicago, a cotação dos contratos de soja com vencimento em janeiro ensaiaram uma leve recuperação. Ao contrário do milho, que ainda mantém-se em queda, refletindo uma oferta expressivamente mais elevada do que a procura, a soja reflete os fundamentos favoráveis à recuperação dos preços. Segundo o analista Aedson Silva, da Agra-FNP, a alta do preço da soja ainda não reflete esses fundamentos positivos. O movimento, para ele, não passa de um ajuste técnico.

Essa seria a mesma razão da queda ocorrida ontem na cotação do grão na BM&FBovespa. O primeiro contrato apresentou queda de 4,42%, apesar de o cenário ser claramente de alta, segundo o analista. Para Silva, brevemente os fundos de investimento voltarão a aplicar em contratos de soja que devem proporcionar maior rentabilidade.

Tanto a soja, quanto o milho caíram ao limite de troca do CBOT. Os limites diários de comercialização ontem deveriam se expandir em cerca de 50%, para US$ 45 centavos para o milho, US$ 1,05 para a soja, US$ 30 por tonelada para alimentos a base de soja e US$ 3,5 centavos por libra (0,45kg) para o óleo de soja.
As commodities, medidas pelo Standard & Poor""s Commodity Index, que mede 24 delas, subiu 3,8% em Nova York, o maior ganho no período de 24 horas desde o dia 22 de setembro. O índice completou 11 meses de queda anteontem.

Algodão
Os preços do algodão se recuperaram depois de 16 meses em queda após especulações de que os bancos centrais em todo o mundo cortarão suas taxas de juros em um esforço coordenado para destravar os mercados de crédito e incentivar o crescimento econômico.

A Austrália reduziu a sua taxa básica de juros em 1%, maior corte desde uma recessão em 1992. O índice Reuters/Jefferies CRB que acompanha 19 commodities subiu pela primeira vez em cinco sessões. O algodão teve alta de 3,6%, depois de ter caído US$ 0,03 na segunda-feira, quando atingiu seu nível mais baixo desde junho de 2007.

"A decisão da Austrália gerou uma renovação do otimismo ou uma diminuição do pessimismo", defendeu Dan Vaught, analista da Wachovia Securities em St. Louis. "Os reguladores em todo o mundo estão tornando-se mais atuantes para enfrentar a crise."

O dólar em queda também ajudou na valorização do algodão, Vaught acrescentou. O US Dollar Index - que acompanha a cotação da moeda norte-americana frente a uma cesta de outras seis moedas - recuou 1,3%, reduzindo os custos do algodão e outros commodities negociados em dólar para compradores estrangeiros. Os Estados Unidos são o maior exportador mundial desta fibra.

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