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Pequenos produtores optam pela biotecnologia na África do Sul

Mais de três milhões de agricultores sul-africanos adotam a biotecnologia em suas lavouras


A adoção de lavouras geneticamente modificadas na África do Sul está expandindo, com aumento significativo de produtores de subsistência a optar pela tecnologia. Esta é a conclusão do relatório divulgado pelo Serviço de Agricultura Internacional do Departamento de Agricultura norte-americano (USDA - Foreign Agricultural Service), em outubro. Segundo o documento, só neste ano o plantio de algodão, soja e milho derivados da biotecnologia atingiu, respectivamente, 92%, 59% e 29% da produção total de cada uma daquele país.

A principal razão para o aumento substancial da área cultivada com plantas geneticamente modificadas na África do Sul, de acordo com a investigação, são benefícios que os produtores locais encontram nas novas tecnologias aplicadas à agricultura. Diminuição do uso de insumos – inseticidas e herbicidas -, maior produtividade e mais facilidade de manejo estão entre os principais atrativos. Atualmente, mais de três milhões de agricultores sul-africanos adotam a biotecnologia em suas lavouras, sendo que cerca de 2,4 milhões são produtores de subsistência e somente oito mil são considerados produtores comerciais.

O maior crescimento de cultivo se deu no algodão geneticamente modificado (92%) devido, principalmente, aos novos produtos aprovados recentemente na África do Sul. As variedades com características combinadas de resistência a insetos-pragas e tolerância a herbicidas foram liberadas no país e hoje já ocupam 40% de toda a área plantada. Ainda que a novidade seja a tecnologia mais adotada entre os cotonicultores sul-africanos, as variedades resistentes a insetos-pragas representam 39% e as tolerantes a herbicidas 13% do total de algodão plantado.

Já o plantio das novas tecnologias de milho na África do Sul passou de 14,6% em 2005 para 29,4% em 2006, o que representa mais de 455 mil hectares cultivados. Deste total, cerca de 72% dos híbridos são resistente a insetos-pragas e o restante tolerante a herbicidas. No caso da soja, as variedades plantadas são tolerantes a herbicidas e já ocupam mais da metade da área (59%) de lavouras cultivadas com a oleaginosa.

Segundo o ISAAA (Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia), em 2005 foram plantados 500 mil hectares com sementes geneticamente modificadas na África do Sul e são esperados, em 2006, entre 700 mil e 1 milhão de hectares, o que já coloca o país em terceiro lugar no ranking das nações em que mais cresce o plantio e desenvolvimento de culturas geneticamente modificadas. As informações são da CDI - Agência de Comunicação.

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