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Pequenos produtores também plantaram soja transgênica no RS


A onda do plantio de soja transgênica no Rio Grande do Sul não poupou nem os produtores que foram orientados a não plantar o grão modificado, importado clandestinamente da Argentina. Preocupada com a situação, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) reunirá seus sindicatos na quarta-feira, em Ijuí. Segundo o presidente da entidade, Sérgio de Miranda, agora que a soja está plantada não adianta mais orientar os produtores (isso foi feito antes do plantio). O momento é de salvar a safra que foi plantada.

"Os pequenos foram vítimas de um processo que envolve interesses econômicos, mesmo sabendo que estavam contra a lei e poderiam perder tudo", diz Miranda. Salienta, porém, que as estimativas da área transgênica no Estado são superestimadas. Uma das vítimas citadas é o presidente de um sindicato ligado à Fetag e agricultor em uma importante região produtora. Nesta safra, atraído pelos resultados obtidos por vizinhos, o produtor dividiu seus 30 hectares em dois cultivos: 15 hectares com semente convencional e os demais com soja oriunda da Argentina.

O agricultor transformou-se em defensor dos transgênicos. Na lavoura modificada, gastou R$ 20 por hectare em herbicidas. Na outra, R$ 80. Segundo ele, o rendimento da soja transgênica foi 20% superior ao da convencional. Na região de Passo Fundo, a situação é a mesma. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Classi Massi, diz que a campanha pelo não plantio de transgênicos foi maciça. Mas pelo menos a metade dos pequenos produtores plantou a semente contrabandeada, "temos que encontrar uma solução para quem plantou", ressalta.

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