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Perdigão vai ampliar investimentos em Goiás

Empresa vai inaugurar unidade em Mineiros, projeta expansão em Rio Verde e frigorífico para abate de bovinos


A Perdigão vai consolidar ainda mais seus investimentos em Goiás em 2007. Os planos de expansão da empresa incluem duas novas unidades de fabricação de pizza e de afiambrados (presuntados e outros), a consolidação da duplicação do abate de suínos em Rio Verde e a operacionalização da unidade de Mineiros, que está em construção e será inaugurada em março próximo.

Os investimentos programados para essa nova etapa de expansão são da ordem de R$ 150 milhões, que viabilizarão a geração de mais 1,5 mil empregos diretos na unidade de Rio Verde. A informação é do presidente da Perdigão, Nildemar Secches, que ontem veio a Goiânia proferir palestra no Fórum de Gestão de Talentos, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL), no auditório da Casa da Indústria.

Nildemar Secches informou ao Popular que a Perdigão vai construir um frigorífico para abate de bovinos no Estado, no próximo ano. E fortalecerá o abate da unidade de Cachoeira Alta. A localização e o valor dos investimentos da nova unidade serão definidos no primeiro semestre de 2006. Mas ele adianta que, do total da produção, 80% serão destinados à exportação e os outros 20% para atender à demanda do mercado interno.

A data de inauguração da unidade de Mineiros ainda não está definida. Depende da agenda de alguns convidados especiais. Mas ela vai entrar em operação comercial no dia 6 de março do próximo ano. A empresa está investindo R$ 240 milhões na indústria, do valor total do projeto de R$ 510 milhões - os outros R$ 270 serão desembolsados pelos produtores integrados. A fábrica vai gerar 2 mil empregos diretos. A unidade será composta de dois abatedouros, um incubatório, uma fábrica de ração e um centro de distribuição.

A fábrica de Mineiros, denominada Projeto Araguaia, terá capacidade para abater 24 mil perus e 140 mil chesters diariamente, que garantirão o processamento de 81 mil toneladas/ano de carne de aves, destinadas basicamente ao mercado externo. Isso vai garantir um acréscimo no faturamento anual da empresa de R$ 550 milhões.

Cana-de-açúcar

Nildemar Secches manifestou a preocupação com a falta de ordenamento na expansão do plantio da cana-de-açúcar em Goiás. Ele disse que a cana está ocupando o lugar das lavouras de grãos, o que poderá comprometer, a curto prazo, o fornecimento de milho para os produtores de aves e suínos. “Se não tem matéria-prima não há como investir na parte industrial”, avisa.

Ele lembra que a Perdigão projetou seu crescimento em Goiás com base na produção de grãos. A empresa já é responsável pelo consumo de 28% da produção do milho goiano. De acordo com o executivo, não há razão de buscar milho em outros Estados, caso a oferta local do produto não seja suficiente. “É mais lógico fazermos a expansão em Mato Grosso, onde já temos uma unidade de produção de aves e assim fechar a cadeia produtiva”, conclui.

Segundo Nildemar Secches, a Perdigão não tem problemas de convivência com as indústrias de açúcar e álcool. Mas entende que é preciso haver o planejamento agrícola e regras claras para que não ocorra desarmonia nas cadeias produtivas e para que as indústrias possam planejar o crescimento do parque fabril.

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