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Perspectivas para a suinocultura de MT são ruins em 2007

Alto custo e pequena margem de lucro são alguns dos problemas neste ano


As perspectivas dos suinocultores de Mato Grosso para 2007 são de um ano turbulento, com altos custos e margem estreita de lucro por causa da expectativa de aumento das exportações de milho e soja. Por esse motivo, aliado aos projetos para criar o hábito no brasileiro de consumir mais carne suína, a Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) irão intensificar a campanha “Um novo olhar sobre a Carne Suína”, que visa o aumento do consumo dessa carne no Brasil.

Mato Grosso tem atualmente 70 mil matrizes. Apesar da boa expectativa para o aumento das matrizes com chegada das indústrias em Mato Grosso, o suinocultor, segundo o presidente da ABCS, Rubens Valentini, está preocupado com a possibilidade de faltar milho para consumo interno brasileiro.

De acordo com o presidente da ABCS, os produtores de carne suína estão fazendo uma mudança na comercialização do produto através de treinamentos para pessoal de frigoríficos, supermercados, bares e restaurantes preparar cortes e pratos que sejam sugestivos ao consumidor e, assim, aumentar o consumo para poder equilibrar os lucros para todas as partes.

O presidente da Acrismat, Luiz Antônio Ortolon Salles, contou que aliados ao provável aumento do custo do milho e da soja, a queda das exportações no ano passado e os problemas de logística no transporte do produto contribuem para a preocupação do suinocultor, que vende a maior parte de sua produção para os grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro.

“Passamos por um período em que pensamos exclusivamente em melhorar a qualidade da produção. Agora queremos criar no consumidor brasileiro o hábito de comer carne suína todos os dias”, comentou Valentini.

Lembrou que mesmo com essa previsão de período mais difícil, não há como saber como ficará o preço da carne suína do produtor e também ao consumidor. O que se sabe, segundo Valentini, é que há uma grande diferença entre o preço pago ao produtor e o repassado ao consumidor.

Valentini explicou que essa situação acontece por causa da lei do mercado, que, por sua vez, acaba esbarrando na falta do hábito do brasileiro de consumir carne suína. “Se um empresário vende pouco suíno, ele vende caro para compensar o preço que pagou. Esse é outro foco da nossa campanha: disponibilizar a carne suína a preços mais em conta do que os praticados no mercado atualmente”, avaliou Valentini.

Segundo Salles, o incremento no consumo nos grandes centros é fundamental para a expansão da produção de suínos no Estado. Salles recordou que o ano de 2006 foi complicado para o suinocultor por causa da queda das exportações, em especial para a Rússia, mas destacou que a campanha para o consumo não surgiu por causa disso. As exportações da carne suína tiveram uma queda aproximada de 15% em todo o Brasil em 2006.

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