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Pesquisa aposta na cana modificada para combustível

A cana-de-açúcar deve ter a área de plantio dobrada no País com o uso da transgenia


Promessa de matriz eficiente para oferta para aplicação no biocombustível, a cana-de-açúcar deve ter a área de plantio dobrada no País com o uso de produtos geneticamente modificados. A estimativa elaborada pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrogiotecnologia é de que a área atual, de 6 milhões de hectares, chegue a 12 milhões em dez anos.

Os dados têm impacto direto em Mato Grosso do Sul, onde os pedidos de consulta para implantação de usinas de álcool e açúcar são praticamente mensais. Para incrementar o mercado, a cana geneticamente modificada é acompanhada de melhoria na produtividade e eficiência do produto.

Em conferência por telefone, o CIB (Conselho de Informações sobre Biotecnologia) apresentou o desempenho dos produtos geneticamente modificados em 2006 e apontou a cana-de-açúcar como alvo de pesquisas para maior produtividade e rendimento de açúcares. Questões como o comportamento de pragas em relação a essa cultura não foram comentadas. A situação ocorre com a soja geneticamente modificada. Como a aplicação de herbicidas é reduzido, já que a planta é mais resistente, há pragas que também adquirem resistência aos produtos.

No caso da soja, o problema clássico é a resistência de pragas ao glifosato. Mesmo sendo este um dos pontos mais discutidos contra os produtos, a soja também deve aumentar significativamente o plantio, passando dos atuais 21 milhões de hectares no País para 25 milhões em dez anos. Para uma década, a área total prevista de produtos transgênicos é de 200 milhões de hectares, especialmente com a soja, milho, algodão e arroz.

Com o aumento da adesão aos transgênicos, o Brasil deve ultrapassar a Argentina, segundo o CIB. Em 2006, a área plantada com transgênicos era de 54,6 milhões de hectares nos Estados Unidos. A Argentina vem em segundo lugar com 18 milhões de hectares e o Brasil com 11,5 milhões.

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