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Pesquisa busca mandioca ideal para cerveja

Emater-GO trabalha em uma qualidade de mandioca que traga mais renda ao produtor


Foto: Marcel Oliveira

O Estado de Goiás tem uma meta: alcançar todos os municípios goianos e impactar positivamente mais de mil produtores de mandioca, com cerca de 7 mil toneladas da raiz produzidas e comercializadas para a elaboração de cervejas.

O projeto começou em 2020 em parceria com a cervejaria Ambev e já tem algumas marcas de cerveja de mandioca lançadas. A empresa adquire toda a matéria-prima diretamente de pequenos produtores de mandioca em oito municípios goianos: Cavalcante, Flores de Goiás, Posse, Buritinópolis, Itaberaí, Niquelândia, Novo Mundo e Colinas do Sul e beneficia transformando em cerveja na unidade de Anápolis. A expectativa para 2021 é que a matéria-prima chegue 3 mil toneladas.

Aliada a isso a Emater-GO trabalha no desenvolvimento de uma qualidade de mandioca que traga mais renda ao produtor, que tenha melhor adaptação ao clima com menos chuvas e solo goiano mais pobre em nutrientes e que tenha também maior concentração de amido para favorecer a produção de cerveja.

As pesquisas estão voltadas ao melhoramento genético da planta, o que poderá proporcionar o melhor aproveitamento da área de plantio, garantindo uma produtividade até 400% maior da média goiana. O trabalho ocorre na Estação Experimental de Porangatu, município do Norte Goiano.

A pesquisa, realizada com a espécie Manihot esculenta, busca principalmente obter variedades mais produtivas, adaptadas às condições das regiões Norte e Nordeste. “A expectativa é que as variedades sejam mais produtivas, tolerantes à baixa incidência de chuvas, estáveis em solos com pouco nutrientes e resistentes a pragas e doenças geralmente observadas nas regiões em questão”, observa o coordenador do programa, engenheiro agrônomo e doutor em Genética e Melhoramento de Plantas, Ivanildo Ramalho.

Outro desafio é encontrar variedades mais resistentes a doenças como a bacteriose, que traz grandes prejuízos à cultura. Na estação estão 33 genótipos obtidos por meio de polinização cruzada que serão avaliados neste ano em testes preliminares e avançados de produtividade. Esses materiais encontram-se em desenvolvimento vegetativo para posterior coleta de manivas que serão utilizadas nos futuros ensaios experimentais. Genótipos com produtividade muito abaixo da média das variedades normalmente plantadas na região devem ser descartados. Já em 2022, serão instalados os testes avançados de produtividade com os materiais que apresentarem boas características agronômicas no teste anterior. 
 

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