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Pesquisa deve priorizar proteção intelectual, afirma cientista cubana

Projeto desenvolvido em 18 países da América Latina revelou que falta de proteção em pesquisas é comum em instituições


Projeto desenvolvido em 18 países da América Latina revelou que falta de proteção em pesquisas é comum em instituições

“Proteger as pesquisas é essencial”. A afirmação é da pesquisadora Astrid Fernández de Castro, da Universidade Agrária de Havana, em Cuba, que ministrou palestra durante o 41º Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola (CONBEA) e 10º Congreso Latinoamericano y Del Caribe de Ingeniería Agrícola (CLIA), encerrados nesta quinta-feira, dia 19.


Astrid apresentou os resultados de uma pesquisa que uniu 18 países da América Latina e quatro da União Europeia. O projeto teve por objetivo realizar diagnóstico sobre a proteção de pesquisas e formar multiplicadores de boas práticas de proteção dos resultados e técnicas. O resultado foi a criação de um guia para as universidades e centros de pesquisa.

Astrid afirma que o projeto deve estabelecer desde o início o que poderá ou não ser publicado ao longo da pesquisa e qual o direito de autoria de cada participante. Segundo ela, a pesquisa revelou que as descobertas são publicadas sem critérios, antes do tempo e sem informar qual o grupo de pesquisadores. “Este problema foi verificado em todos os países da América Latina”, afirma.

“Verificamos que havia muitas publicações, mas não havia preocupação com a proteção intelectual”, diz. Segundo Astrid, a proteção não somente assegura a autoria e evita plágios, como também permite medir posteriormente o impacto e os resultados obtidos.


A Unicamp foi a representante brasileira na pesquisa. Cada universidade teve o compromisso de retransmitir as orientações a outras dez instituições. “Essa disseminação é importante para tornar usual na academia a prática da proteção das pesquisas, formar banco de dados, auxiliar na elaboração de contratos e distribuição dos dados e resultados obtidos”, explica a pesquisadora.

Os organizadores do CLIA/CONBEA são a Associação Brasileira de Engenharia Agrícola (SBEA), Asociación Latinoamericana y del Caribe de Ingeniería Agrícola (ALIA), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e EMATER. Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Londrina Convention & Visitors Bureau são os apoiadores.

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