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Pesquisa sugere que a produção de tabaco vai aumentar

Projeções do Mapa e da Embrapa estimam elevação de 17,9% até 2028


Na próxima década a produção de tabaco do Brasil deve ter um crescimento de 17,9%, segundo as Projeções do Agronegócio, conduzidas pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O estudo estima que, em 2028, os estados produtores irão gerar 967 mil toneladas de tabaco, podendo atingir o limite superior de 1,348 milhão de toneladas. A área cultivada prevista pode chegar a 412 mil hectares.

Os dados fazem parte de estudo divulgado esta semana, que aponta o cenário produtivo nacional para 29 diferentes cadeias do agronegócio de 2017/18 até 2027/28. O levantamento utilizou dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Embrapa, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Instituto de Pesquisa sobre Políticas Agrícolas e Alimentares e Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Porém, o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner, afirma que a pesquisa conduzida pelo Mapa e pela Embrapa, desenvolvida em nível de Brasil, difere dos balanços da entidade, que focam os três estados do Sul. “Essas projeções não oferecem maiores subsídios de quais modelos econométricos foram utilizados, para termos condições de proceder um comparativo com as nossas pesquisas e emitir uma opinião”, justifica.

O dirigente destaca, no entanto, que as informações da Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (ITGA) e da Euromonitor International apontam que o consumo de cigarros tradicionais está em declínio no mundo, o que exige cautela dos países produtores. “Não acreditamos que haja mudança nesse cenário. Por isso a recomendação das entidades é sempre para que os produtores plantem apenas o contratado junto às empresas.”

Peso na balança

As Projeções do Agronegócio destacam que a inclusão, na pesquisa, de variáveis referentes ao tabaco “é justificada pela importância do produto na balança comercial brasileira e na formação de renda nas regiões produtoras”. No ano de 2017, o tabaco e seus produtos geraram ao País uma receita de exportação de US$ 2 bilhões. Nos últimos 12 meses, até maio de 2018, o faturamento da balança comercial foi de US$ 2,34 bilhões. Para Benício Werner, pela primeira vez está se vendo o reconhecimento do setor nas projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “A cadeia produtiva viabiliza um retorno positivo para o País em tributos e na balança. Este ano devemos ultrapassar a marca dos US$ 2 bilhões.”

Grãos

As projeções indicam que nos próximos dez anos o Brasil vai produzir 70 milhões de toneladas a mais de grãos, saltando de 232 milhões de toneladas para de 302 milhões de toneladas em 2027/2028. O impulso virá principalmente da soja (156 milhões de toneladas) e do milho (113 milhões de toneladas), com incremento estimado em 30%.

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