CI

Pesquisador afirma que pulverização aérea tem o mesmo efeito

A pulverização agrícola aérea para o controle da ferrugem apresenta desempenho semelhante à terrestre


A pulverização agrícola aérea, principalmente para o controle da ferrugem da soja, apresenta desempenho semelhante ao da pulverização terrestre. Essa é a conclusão do doutor em agronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Ulisses Rocha Antuniassi, que comandou as pesquisas desenvolvidas em 2004 e 2005 sobre “tecnologias aéreas para o controle da ferrugem da soja”, em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso – Fundação MT e empresas fabricantes.

Ulisses Antuniassi comentou que em todas as safras agrícolas a Unesp realiza ensaios e pesquisas. Em 2004 e 2005, afirmou o agrônomo, as pesquisas focalizaram a aplicação agrícola e foram realizadas dentro da Fundação MT.

Em 2004, afirmou Ulisses Antuniassi, ficou comprovado que a aplicação de defensivo agrícola terrestre e aérea, principalmente no controle da ferrugem da soja, desenvolvidas com as melhores técnicas existentes, revela um desempenho semelhante.

“O importante para o agricultor é dizermos que ele pode usar a aplicação aérea. Isso não vai trazer nenhuma diferença com o que faria com a aplicação terrestre. Existia dúvida sobre aplicação aérea funcional para a ferrugem. Concluímos que ela oferece o mesmo resultado da terrestre”, afirmou.

O interesse em 2005, comentou o agrônomo, era pesquisar a eficiência das várias opções tecnológicas. Ulisses Antuniassi afirma ter pesquisado várias opções, inclusive a aplicação com adição de óleo e sem óleo, além dos diferentes volumes de aplicação e os sistemas de aplicação eletrostática e automatizadores rotativos (Micronair).

De nove resultados obtidos, assegurou Antuniassi, constatou-se que a aplicação aérea controlou bem a ferrugem. “Todos apresentaram níveis de produtividade compatíveis com a aplicação terrestre”, assegurou.

Os pesquisadores avaliaram ainda as vantagens e desvantagens da pulverização aérea, com relação ao meio ambiente. Ulisses Antuniassi defende que a qualificação profissional de gerenciadores e operadores do sistema de pulverização, tanto aérea quanto terrestre, é que oferece segurança ambiental.

“As duas técnicas podem ser utilizadas de maneira segura, do ponto de vista ambiental. O que precisa é serem usadas de maneira consciente e de maneira profissional”, afirmou.

Antuniassi reforça que “bem administrada a aplicação de defensivo agrícola não contamina o meio ambiente”. “Para que tenhamos resultado e o mínimo de impacto ambiental, é necessária a qualificação profissional de quem administra o sistema e a qualificação dos operadores para saber usar as técnicas e saber proteger o ambiente”, alertou.

O resultado das pesquisas realizadas em 2004 e 2005 foram apresentadas a produtores, gerentes e operadores do sistema de aplicação de defensivos agrícolas da região de Rondonópolis, numa palestra proferida por Ulisses Antuniassi, na manhã de sábado, dia 16 de abril, no auditório da sede do Grupo A-Maggi, no município.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.