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Pesquisador recebe homenagem por serviços prestados à agronomia

José Lopes foi um dos primeiros pesquisadores a serem contratados pela Embrapa no Piauí


José Lopes foi um dos primeiros pesquisadores a serem contratados pela Embrapa no Piauí

O pesquisador da Embrapa Meio-Norte (Teresina – PI), José Lopes Ribeiro, recebeu, na noite do dia 23 de agosto, a Medalha e o Diploma do Mérito, conferidos pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí – CREA.  A homenagem faz referência aos relevantes serviços prestados por José Lopes à agronomia no estado do Piauí. A entrega aconteceu durante a solenidade de abertura da I Semana de Engenharia e Agronomia do Piauí, que ocorre de 23 a 27 de agosto, no Centro de Convenções Atlantic City, em Teresina.

José Lopes foi um dos primeiros pesquisadores a serem contratados pela Embrapa no Piauí. Atualmente com 76 anos de idade, conduz experimentos com caju, gergelim e girassol na Unidade da Embrapa em Teresina. Já é aposentado pelo INSS, mas, nem pensa em deixar o trabalho, que acompanha dia a dia nos campos experimentais da empresa. "Enquanto tiver saúde e disposição, continuarei trabalhando", diz, com entusiasmo.

Natural de Piripiri, no Piauí, José Lopes, graduou-se em Agronomia na Universidade Federal da Paraíba, em Areia. Após a graduação, retornou ao Piauí e trabalhou na então Secretaria de Agricultura do Estado do Piauí, de 1969 a 1975, quando ingressou na Embrapa e permanece ainda em atividade até os dias atuais.
Ainda na Secretaria de Agricultura, após trabalhar em Oeiras e Canto do Buriti, foi designado, em 1970, para coordenar um projeto na área de produção de algodão, fruto de uma parceria entre o governo do Piauí e a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Picos, na região semiárida, que já tinha como tradição a cultura do algodão.

Ao ser contratado pela Embrapa, em 1975, José Lopes continuou trabalhando com a cultura do algodão por cerca de 25 anos, sendo responsável pela sua introdução nos cerrados do Piauí, logo após a chegada da soja, na década de 80. "No cerrado não havia o hábito de plantar algodão. Lá não havia nenhuma área plantada e hoje temos uma área plantada que corresponde a 14 mil hectares, com um rendimento no primeiro ano de trabalho, sem qualquer adubação, de 800 quilogramas por hectare, para o rendimento em 2015 de cerca de 4 mil quilogramas por hectare", afirma o pesquisador.

Para o pesquisador, foi emocionante e gratificante ver o reconhecimento do trabalho realizado durante 41 anos com a cultura do algodão e mais de 15 anos com a cultura do caju, gergelim e girassol.  "É muito bom ser reconhecido pelo trabalho que fizemos. Não tem como não ficar emocionado", fala.

Em relação ao caju, o pesquisador comenta com satisfação sobre o trabalho realizado por mais de dois anos e que veio a contribuir para o reconhecimento da cajuína como produto de origem do Piauí. "Havia a necessidade de um pesquisador da Embrapa para conduzir esse trabalho sobre a cajuína e eu fiz com muito cuidado, deu certo, e hoje a cajuína já está registrada como produto piauiense", acrescenta.

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