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Pesquisadores intensificam os estudos sobre praga

Ainda não foi registrada a presença da Helicoverpa armigera nas lavouras mato-grossenses


O pesquisador do Instituto Mato-grossense de Algodão (IMAmt), Miguel Soria, garante que oficialmente ainda não foi registrada a presença da Helicoverpa armigera nas lavouras mato-grossenses. Ele explica que somente um especialista pode identificar a espécie. O conselho é para que os produtores  monitorem suas lavouras com auxilio técnico. 


O próximo passo dos pesquisadores que foram à Austrália é intensificar os estudos e aprimorar as novas tecnologias. Nesta viagem os especialistas do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) visitaram centro de pesquisas e diversas fazendas para conhecer os sistema de manejo utilizado pelos produtores australianos para controlar a Helicoverpa. A Austrália está entre os maiores produtores de algodão do mundo e é referência no controle da praga.

Miguel Soria enfatiza que os estudos devem se estender pelos próximos três anos em Mato Grosso. E diz que já estão sendo testados nos campos experimentais de Mato Grosso o Bollgard II® utilizado no controle da Helicoverpa spp. (Helicoverpa armigera e Helicoverpa punctigera) na Austrália. "Além de testar algumas linhagens, também estamos fazendo ensaios em laboratório". Miguel explica que o Bollgard II® já está liberado para o cultivo no Brasil, mas é preciso desenvolver novas variedades com essa nova tecnologia.

Desde 2003, o controle da Helicoverpa spp. na Austrália é realizado exclusivamente através do uso de variedades Bollgard II®, sendo muito raro o uso de inseticidas. Miguel conta que praticamente 100% da área é cultivada com algodão Bollgard II® e, para que a eficiência da tecnologia pudesse ser preservada, foi elaborado um Plano de Manejo de Resistência de Helicoverpa spp. à Bollgard II®. O trabalho foi feito pela equipe liderada pela pesquisadora Sharon Downes (entomologista do CSIRO - The Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation, uma entidade similar à Embrapa). "Este plano é seguido à risca pelos produtores, desde o início do cultivo da tecnologia", destaca Miguel.


Para a sustentação do plano, que sofre alterações a cada safra, basicamente quatro ações são realizadas. A primeira é o uso de refúgio - mandatório e realizado pelos produtores em configurações estabelecidas pela pesquisa. A semeadura dentro de uma janela definida de cultivo também estabelecida pela pesquisa é a segunda ação. Os produtores também fazem a destruição das pupas da praga no solo ao final da safra (refúgios e cultivos). E a quarta ação é o monitoramento da resistência de populações da praga às toxinas do Bacillus thuringiensis (Bt) de Bollgard II® a cada safra. 

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