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Pesquisadores refinaram o famoso método CRISPR-Cas

"Graças a essa nova ferramenta, nós podemos alcançar o que só poderíamos sonhar"


O professor Randall Platt e sua equipe do Departamento de Biociências e Engenharia de Biossistemas da ETH Zurich, em Basileia, na Suíça, desenvolveram um processo que - como demonstraram em experimentos - pode modificar 25 locais-alvo dentro de genes em uma célula ao mesmo tempo. Como se isso não bastasse, esse número pode ser aumentado ainda mais, para dezenas ou até centenas de genes, como aponta Platt. 

De qualquer forma, o método oferece enorme potencial para pesquisa biomédica e biotecnologia. "Graças a essa nova ferramenta, nós e outros cientistas podemos agora alcançar o que só poderíamos sonhar em fazer no passado”, afirma. 

Genes e proteínas nas células interagem de muitas maneiras diferentes. As redes resultantes, compreendendo dezenas de genes, asseguram a diversidade celular de um organismo. Por exemplo, eles são responsáveis por diferenciar as células progenitoras das células neuronais e das células imunes. "Nosso método nos permite, pela primeira vez, modificar sistematicamente redes de genes inteiras em uma única etapa", diz Platt. 

Além disso, abre o caminho para programação de células complexas e em larga escala. Pode ser usado para aumentar a atividade de certos genes, enquanto reduz o de outros. O momento dessa mudança na atividade também pode ser controlado com precisão. 

Isso é de interesse para a pesquisa básica, por exemplo, investigando por que vários tipos de células se comportam de maneira diferente ou para o estudo de desordens genéticas complexas. Também será útil para a terapia de substituição celular, que envolve a substituição de células danificadas por células saudáveis. 

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