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Pesquisas com frutas tropicais ganham impulso com criação de Instituto

Avançar no desenvolvimento de tecnologias voltadas para o processamento de frutos tropicais e colocar o Brasil em lugar de destaque no cenário exportador mundial. Com esses objetivos foi criado o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Frutas Tr


Avançar no desenvolvimento de tecnologias voltadas para o processamento de frutos tropicais e colocar o Brasil em lugar de destaque no cenário exportador mundial. Com esses objetivos foi criado o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Frutas Tropicais (INCT-FT), uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia e que integra o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia. Compõem o Comitê Gestor do Instituto a Universidade Federal de Sergipe, a Universidade Federal do Ceará e a Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza/CE), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

De acordo com o presidente do Comitê Gestor e professor da Universidade Federal de Sergipe, Narendra Narain, o Instituto foi criado para desenvolver know-how tecnológico “por meio da agregação de recursos humanos especializados nas diferentes áreas de estudos em ciência e tecnologia de frutos tropicais, de diferentes instituições de ensino e pesquisa”. Estão previstos recursos de R$ 4,5 milhões para os próximos três anos, que serão destinados para a compra de equipamentos, contratação de bolsistas e realização de simpósios e workshops.

O INCT-FT vai focar sua atuação no desenvolvimento de produtos promissores utilizando frutas tropicais e subtropicais de larga produção (abacaxi, mamão, caju, manga e acerola), de escala produtiva média (cajá, umbu, sapoti, mangaba, açaí e cupuaçu) e de frutas exóticas de pequena escala de produção (guajuru, pulsar, seriguela, jambo e cajarana) na Região Nordeste. O alvo é a exportação de produtos de alto valor agregado.

Segundo o Prof. Narain, o Brasil possui um enorme potencial de comercialização de frutas, mas está vendendo esses produtos na forma, principalmente, de polpa congelada, de forma que não agrega o valor correto. Ele adianta que o foco principal dos planos de trabalho a serem desenvolvidos pelo INCT-FT será em desidratação de frutas, notadamente a padronização de condições de processamento para obter produtos desidratados de frutas tropicais.

“O custo de transporte das nossas frutas poderá diminuir consideravelmente na forma de produtos desidratados. Isso porque a maioria das frutas tropicais tem entre 80% a 95% de umidade. Significa dizer que estamos pagando caro para exportar água”, explica Narain.

Outras linhas de pesquisa trabalhadas pelos integrantes do Instituto serão sucos prontos para beber, sucos em pó, frutas minimamente processadas, frutas in natura revestidas com biofilmes, e essências de frutas. A expectativa do Comitê Gestor é que, em 18 meses, cinco produtos sejam lançados e, no caso de tecnologias estratégicas, o Instituto vai acompanhar a obtenção de patentes. A idéia é apresentar esses produtos nos simpósios e workshops que serão realizados com os recursos do INCT-FT.

Programa
O Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia tem como metas mobilizar e agregar, de forma articulada, os melhores grupos de pesquisa em áreas de fronteira da ciência e em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do país; impulsionar a pesquisa científica básica e fundamental; estimular o desenvolvimento de pesquisa científica e tecnológica de ponta, associada a aplicações para promover a inovação e o espírito empreendedor, em estreita articulação com empresas inovadoras. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa.

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