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Pintos de corte: mudanças de cenário nos últimos 25 anos

Analisando-se a evolução da produção brasileira de pintos de corte é possível constatar que o crescimento foi contínuo.


Analisando-se a evolução da produção brasileira de pintos de corte do último quarto de século – 25 anos decorridos entre 1992 e 2016 corrente – é possível constatar que em 80% desse período (mais exatamente: nos primeiros 20 anos) o crescimento foi, além de praticamente contínuo, bastante significativo.

Claro, houve retrocessos. Mas, na maioria dos casos, representaram correções de excessos anteriores. E, assim, entre 1992 e 2011, a produção se expandiu a uma média da ordem de 6,25% ao ano, passando de 1,975 bilhão de cabeças para 6,245 bilhões de cabeças – incremento de mais de 200% em exatas duas décadas. 

Se, a partir de 2011, tivesse prosseguido com o mesmo índice de expansão anual, a produção do corrente exercício estaria se aproximando dos 8,5 bilhões de cabeças. Mas, mesmo estimando que neste semestre se alcance volume idêntico ao do primeiro semestre (o que pode não ocorrer, pois prevalece tendência de redução), o ano deverá ser encerrado com volume próximo (mas inferior) a 6,6 bilhões de cabeças.
Isso ocorrendo, a expansão anual no último quinquênio não terá ido muito além dos 2%, índice muitíssimo aquém dos mais de 6% ao ano observados nos 20 anos anteriores. 

Notar, porém, que isso não é efeito da crise por que passa a avicultura no corrente exercício e, sim, incremento rotineiro que vem marcando o setor desde, praticamente, o começo da presente década.

Ressalve-se, de toda forma, que a expansão mais comedida não decorre apenas do andar mais lento da economia, pois, comparativamente a 1992, hoje se produz muito mais carne de frango com o mesmo volume anterior de pintos de corte.

Os dados do IBGE (cujos resultados primeiros números envolvendo cabeças abatidas e carne produzida datam de 1997) comprovam isso. No primeiro semestre daquele ano, os abates registrados indicaram média de 1,793 kg por cabeça abatida. Perto de vinte anos depois, no primeiro trimestre de 2016, o rendimento apontado foi de 2,214 kg por cabeça, quase um quarto a mais que em 1997.

Isso, em outras palavras, significa que é possível produzir hoje o mesmo volume anterior de carne de frango com um volume de pintos de um dia quase 20% menor. É o que explica, além da economia, o andar mais lento do setor.

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