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Plano Agrícola é inovador, diz ministro da Agricultura

Segundo Rossi, medidas revolucionam ao incluir áreas como pecuária e cana-de-açúcar


De acordo com Wagner Rossi, as medidas para financiamento da nova safra revolucionam ao incluir áreas antes desassistidas como a pecuária e a cana-de-açúcar, que terão linhas de crédito específicas


O Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 lançado nesta sexta-feira, 17 de junho, em Ribeirão Preto, é inovador na opinião do ministro da Agricultura, Wagner Rossi. “O plano revoluciona porque respeita a produção, que terá um crescimento expressivo de crédito mesmo em tempos de contenção de recursos”, enfatizou. “Os R$ 107,2 bilhões serão fundamentais para a continuidade do progresso da agricultura”. O conjunto de medidas para incentivar a produção de alimentos no novo ciclo agrícola foi anunciado há pouco pela presidenta Dilma Rousseff.


Segundo Wagner Rossi, os recursos serão essenciais para que o produtor aumente a produção agropecuária e garanta a segurança alimentar com respeito ao meio ambiente. “O produtor é quem melhor sabe preservar a natureza porque precisa dela para desenvolver sua atividade”, reiterou.

Novas linhas de crédito

De acordo com o ministro, o plano também inova porque inclui áreas antes desassistidas. Wagner Rossi se refere às linhas de crédito criadas para compra e retenção de matrizes e reprodutores bovinos, renovação de canaviais e estocagem de suco de laranja.

Para a citricultura, o Plano Agrícola terá um financiamento de R$ 300 milhões para as indústrias estocarem o suco. “O setor merece uma atenção especial porque produtores de laranja e a indústria garantem o protagonismo mundial do Brasil na atividade”, reforça o ministro. “Com essa linha de crédito, vamos combater a volatividade de preços que não permitiam que o setor organizasse um fluxo de caixa”, completa. O programa de investimento estabelece que cada indústria poderá contratar até R$ 80 milhões para comprar a laranja que será processada na safra 2011/2012.

Sobre o programa para o setor sucroalcooleiro, Wagner Rossi disse que a intenção é combater o principal ponto de estrangulamento da produção de cana-de-açúcar. ”Os recursos para renovação dos canaviais vão permitir a retomada dos investimentos no setor e aumento da produtividade no campo. A falta de renovação é a causa da perda da eficiência do campo”, explica. O financiamento é para quatro anos e os produtores poderão renovar até 20% dos seus canaviais ou contratar até R$ 1 milhão por safra para essa finalidade.


“Já o financiamento específico para pecuária tem a finalidade de reduzir a diferença de crescimento de produtividade que teve agricultura e a pecuária nos últimos 50 anos”, informa Wagner Rossi. No período, a agricultura cresceu 774% em produtividade e a pecuária, cerca de 250%. A meta do governo, de acordo com o ministro, é subir a produtividade média da pecuária de 1,2 cabeça por hectare para três cabeças por hectare em dez anos. “Isso vai mudar o patamar do plantel nacional e liberar e terras para a agricultura”, reforça. O volume de recursos com limite de R$ 750 mil por produtor poderá ser aplicado na recuperação dos pastos, na retenção e compra de matrizes e reprodutores.

O ministro ainda confirmou as novas condições de financiamento e aumento do crédito voltados ao médio produtor rural. O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) terá R$ 8,3 bilhões, o que significa um crescimento de 48,2% em relação ao Plano Agrícola e Pecuário anterior. Outra mudança importante foi o aumento do limite de renda bruta anual para enquadramento no programa que passa de R$ 500 mil para R$ 700 mil.

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