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Plano Safra sairá com um mês de atraso

A previsão é que a divulgação oficial aconteça no dia 26 de junho


A divulgação do Plano Agrícola e Pecuário 2007/2008 (Plano Safra) será feita com um mês de atraso pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No ano passado, quando o governo federal liberou R$ 60 bilhões em crédito para a agricultura, o anúncio aconteceu no dia 25 de maio. Este ano, a previsão é que a divulgação oficial aconteça somente na próxima terça-feira, dia 26, mas a data não foi confirmada pelo Mapa.

O agricultor de Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá) Rogério Salles revela que as próprias lideranças agrícolas estavam se opondo a divulgação do Plano Safra antes que as pendências referentes às últimas safras fossem resolvidas. “Primeiro o setor estava brigando pela prorrogação de dívidas antigas”, diz. Agora, após a aprovação, na semana passada, da prorrogação das parcelas de custeio e investimento rural, não há mais nenhuma outra prioridade.

“Apesar de terem sido aprovadas apenas medidas paliativas [referentes às dívidas agrícolas], agora deve ser anunciado o Plano Safra”, reforça. Para Salles, os produtores querem acessar os recursos oficiais. Contudo, a influência do Plano Safra será limitada, uma vez que a maioria dos agricultores está com os limites de crédito comprometidos e, por isso, não pode recorrer aos recursos da União.

Ele destaca que somente 10% dos produtores estão conseguindo financiar a plantação com recursos federais. Os demais estão tomando crédito junto às tradings e outras fontes da iniciativa privada. “Com os limites tomados, os agricultores estão sem capacidade de buscar novos financiamentos [da União]. Por isso, em termos de recursos, a influência do Plano Safra será menor”, avalia.

Novidade

Os agricultores aguardam que no novo Plano Safra o governo federal anuncie a redução nos juros do crédito rural, atualmente em 8,75% ao ano. O setor considera que a taxa adequada seria de 4% ao ano. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis, Ricardo Tomczyk, não é possível saber se este será o valor adotado, mas argumenta que seria o mais razoável, considerando a redução na inflação e na taxa básica brasileira de juros, a Selic.

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