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Plano vinícola quinquenal

Dirigentes consideram prioritário coibir o ingresso de vinhos importados do Chile e da Argentina


Os dirigentes do setor vitivinícola brasileiro estão atentos aos movimentos de colegas argentinos e chilenos que se articulam para aumentar suas produções de vinhos e sucos olhando para o mercado do Brasil. O presidente da Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados, o gaúcho Arnaldo Passarin, lidera negociações para o estabelecimento de uma agenda positiva para os próximos cinco anos. O plano de ação abrange intervenções que vão do cultivo da uva, com o aumento da produtividade e qualidade, adequação das variedades à demanda do mercado, até avanço tecnológico em toda a indústria vinícola e ações de marketing. Passarin destaca que parte das vinícolas já conta com nível tecnológico compatível com o do Primeiro Mundo e o desafio, agora, é universalizar este padrão a todo o setor. "É inconcebível, portanto, que se pretenda, por exemplo, abrir a importação de suco concentrado argentino, desconhecendo-se que esta destinação hoje absorve perto de 50% da produção da indústria vinícola do Brasil", diz.

Plano II

O dirigente também considera prioritário coibir o ingresso de vinhos importados exatamente do Chile e da Argentina, de qualidade inferior e preço ínfimo, que competem com o produto nacional, além do puro e simples contrabando. "Esperamos que os novos governantes sejam sensíveis a esta realidade e não ignorem a importância da atividade vitivinícola nacional", enfatiza. A Câmara Setorial estima que a produção de uva ocupe 20 mil famílias no Brasil (15 mil apenas no RS), ao que se somam mais de 1.000 vinícolas, que além dos postos de trabalho diretos também geram grande número de ocupações indiretas em áreas afins, incluindo gastronomia, turismo e outros segmentos.

Plano III

O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), também preocupado com o fortalecimento do setor, criou o Grupo Técnico de Planejamento Tributário do setor vitivinícola brasileiro. É uma das cinco metas estabelecidas pelo presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante, ao tomar posse no início do ano. O bjetivo do GT é "dar maior competitividade ao setor vitivinícola brasileiro por meio do aperfeiçoamento do sistema tributário nacional". Atualmente, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, o vinho brasileiro carrega em seu preço 54,73% de tributos.

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