CI

Plantas daninhas desafiam produtores de algodão

Produtores precisam estar atentos às plantas daninha nas lavouras de algodão


Quando os agricultores não adotam as práticas recomendadas ocorrências de plantas daninhas nas lavouras do algodão podem prejudicam a qualidade das fibras, reduzindo em até 30% a produtividade. Em função disso, para tentar amenizar este problema a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) ouviu os especialistas em manejo de plantas daninhas para que seja esclarecida a importância da adoção de boas práticas agrícolas nesta cultura, que tem características diferentes da soja e do milho.

Isso porque Além da correta implantação da cultura e utilização de sementes de boa qualidade a principal recomendação para fazer o controle das plantas daninhas na cultura do algodão é a adoção do manejo integrado. De acordo com o professor doutor Pedro Jacob Christoffoleti, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), esse manejo começa com o estabelecimento da cultura ‘no limpo’, ou seja, quando ela emerge em uma área sem a presença simultânea das plantas daninhas. Para isso, é necessário adotar práticas de pré-plantio adequadas, como por exemplo, a formação de palhada na superfície que elimina boa parte da germinação das plantas daninhas.

O pesquisador explica que os principais desafios encontrados pelos cotonicultores brasileiros no manejo das plantas daninhas, são: a baixa competitividade da cultura de algodão no início do ciclo, que requer manejo de alta eficácia; a necessidade de controle das plantas daninhas até o final do ciclo da cultura;
a seleção de plantas daninhas resistentes aos principais herbicidas utilizados; o manejo de plantas voluntárias de culturas antecessoras resistente ao glifosato, que germinam junto com a cultura de algodão; o alto custo dos programas de manejo; e a destruição das soqueiras de algodão após a colheita da cultura.

O pesquisador Anderson Cavenaghi, da Universidade de Várzea Grande (Univag), explica que pelas características da cultura do algodão e a necessidade de colheita no limpo para se obter fibras com menores índices de impureza, é necessária uma maior quantidade de aplicações nesta cultura quando comparada às culturas de soja e milho. Sendo que os produtores do Mato Grosso e da Bahia também acreditam que a adoção da biotecnologia já trouxe muitos benefícios e que novos eventos podem tornar as técnicas de manejo ainda mais simples e eficientes.

Para os dois pesquisadores, a introdução da biotecnologia na cultura do algodão já trouxe facilidades ao produtor em relação ao manejo, tornando-o mais flexível. Eles acreditam que, com a pesquisa e o desenvolvimento de novos eventos combinados, a tendência é que no futuro os programas de manejo sejam mais simples. Cavenaghi acredita que a biotecnologia na cultura do algodão é muito bem recebida pelos produtores e que novos eventos proporcionarão um número maior de ferramentas e planos de controle aos cotonicultores. Ele diz ainda que esta tecnologia já está sendo adotada pelos produtores e o surgimento de novos eventos possibilitará o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, podendo dificultar o surgimento de plantas resistentes quando utilizados de forma adequada.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.